Fogo de Bustelo (Chaves) está 70 a 80% dominado diz Proteção Civil

por Lusa

Chaves, Vila Real, 17 jul 2022 (Lusa) - O incêndio de Bustelo, no concelho de Chaves, está dominado em cerca de 70 a 80% e lavra apenas em povoamento florestal, estando a situação já controlada nas aldeias que estiveram ameaçadas, disse hoje fonte da Proteção Civil.

"Temos os meios todos posicionados, vamos efetuar algumas manobras de combate e consolidação. Estamos a consolidar o rescaldo e ao mesmo tempo a fazer combate", afirmou aos jornalistas o segundo-comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Artur Mota.

O incêndio começou sexta-feira à tarde em Bustelo, concelho de Chaves, distrito de Vila Real, foi dado como dominado durante a madrugada de sábado, mas à tarde verificou-se uma reativação que ganhou grande dimensão devido ao vento forte e às altas temperaturas.

O fogo aproximou-se de aldeias como Vilela Seca, Vila Meã, Torre de Ervededo, Agrela e Bustelo, e atingiu uma casa de primeira habitação, uma outra habitável, mas onde já não estavam a residir os proprietários idosos, e mais quatro a cinco casas devolutas.

"Em termos do problema maior já passou as aldeias, agora estamos mais tranquilos, estamos a programar os meios e a definir a estratégia para apagarmos o incêndio no meio do povoamento, que é onde ele está ativo", adiantou Artur Mota.

O comandante explicou que, durante a tarde, o incêndio "estava muito espalhado, havia muitas aldeias no seguimento do fogo" e foi, referiu, um "período um bocado complicado".

"Estamos perante fenómenos de comportamento do fogo eruptivo, estávamos aqui numa situação do mais complicado possível em termos de combate e o que aconteceu foi que tivemos um reacendimento no interior da área queimada, com o vento muito forte e temperaturas muito altas, duas ou três projeções em dois flancos do incêndio e não o conseguimos controlar. A velocidade do vento era muita e o combustível estava muito disponível", explicou Artur Mota.

O responsável acrescentou que, "numa situação normal, nunca aquele reacendimento atingia aquelas proporções".

"Nós tínhamos os meios todos colocados, ativamos logo meios aéreos", salientou, frisando que "todos os veículos que estiverem a combate estiveram sempre guarnecidos com água".

Para o terreno foram mobilizados 323 operacionais e 100 viaturas e ainda três máquinas de rasto.

No local estão bombeiros, militares da GNR e da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), Força Especial de Proteção Civil, INEM e elementos da Proteção Civil municipal.

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