Ferry com 70 pessoas a bordo encalhou nos Açores

por RTP
Os passageiros do ferry <i>Mestre Simão</i>, que fazia a ligação entre Pico e Faial, foram resgatados, sem notícia de feridos Lino Borges - Lusa

Um ferryboat que fazia a ligação entre as ilhas do Faial e do Pico encalhou este sábado junto aos ilhéus da Madalena. Foram entretanto resgatados todos os 61 passageiros e nove tripulantes que estavam a bordo.

O ferryboat Mestre Simão, da companhia AtlânticoLine, tem capacidade para transportar três centenas de passageiros. Quando encalhou, o navio transportava 70 pessoas.
A operação de evacuação do navio durou meia-hora, segundo a Capitania do Porto da Horta.
Ouvido na RTP3, o comandante Rafael da Silva, da Capitania do Porto da Horta, adiantou que “o alarme foi recebido cerca das 9h30” deste sábado.

“De imediato empenhámos meios da Polícia Marítima e da estação salva-vidas da Horta, sendo que o navio, com o treino e certificação que tem, tomou as medidas de emergência que estão previstas, procedeu à evacuação dos tripulantes para uma jangada, que foi depois rebocada, sendo acompanhada pela Polícia Marítima”, explicou.

“Foi rebocada por uma embarcação semirrígida que faz a operação marítima turística e foi levada para o porto da Madalena do Pico. Podemos acrescentar que os 61 passageiros e toda a tripulação foram salvos e encontram-se já em terra”, acrescentou o responsável.
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Ainda segundo o comandante Rafael da Silva, “não houve registo de quaisquer ferimentos” no decurso da operação de resgate.

“É natural que as pessoas estejam - algumas delas, pelo menos - assustadas. É uma experiência que pode ser traumática, como se deve calcular. Contudo, estão bem de saúde, que é o mais importante”, acentuou.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera havia prolongado este sábado o aviso amarelo devido a agitação marítima para as ilhas do grupo central do arquipélago dos Açores até às 11h00 locais (12h00 em Lisboa).

O capitão do Porto da Horta disse que as autoridades vão agora “avaliar as condições de mar para o local onde se encontra o navio”, antevendo que deverão “dificultar muito as operações que se seguirão”.
"Questões que têm de ser avaliadas"

Em declarações à reportagem da Antena 1 no local, o presidente da autarquia da Madalena e responsável pela Proteção Civil, José António Soares, fez alguns reparos às condições de navegabilidade na zona.
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“Uma manhã improvável. Ninguém esperaria estar neste momento numa situação desta natureza. Felizmente que não há, para já, vítimas a lamentar. Em termos de feridos também não. Existem algumas pessoas que estão no centro de saúde e que estão a ser acompanhadas, porque a situação assim o exige, em termos de pânico, de ansiedade”, apontou.

“Há questões que têm de ser avaliadas, de futuro, a todos os níveis, a nível da segurança do porto, das intervenções do porto, da forma como são feitas, e também do ponto de vista do apoio que existe em terra, de quem supervisiona estas operações”, advertiu José António Soares.
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