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Fenprof satisfeita com discurso de Cavaco para prestigiar professores

por © 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O secretário-geral da Fenprof mostrou-se satisfeito com a escolha pelo Presidente da República do tema "Educação" no discurso do 5 de Outubro e pela mensagem que deixou da necessidade de prestigiar os professores.

"Foi com satisfação que vimos a escolha deste tema por parte do Presidente da República" disse à Agência Lusa Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof).

O discurso de Cavaco Silva incluiu uma "referência elogiosa aos professores", notou Mário Nogueira, com o presidente a sublinhar que é importante tratar os professores com dignidade e que eles sejam acarinhados.

"O governo tem tratado os professores como um estorvo", criticou o sindicalista da Fenprof, pelo que seria bom que, depois deste discurso do Presidente da República, o governo passasse a "agir de outra maneira".

O Presidente da República propôs hoje um "novo olhar sobre a escola", uma escola ligada à comunidade, em que os pais estejam envolvidos de forma mais activa e participante e em que a figura do professor seja prestigiada.

"Há que promover um verdadeiro sentimento de comunidade em relação à escola e ao sucesso educativo (...). Esse envolvimento pressupõe também, como é natural que a figura do professor seja prestigiada e acarinhada pela comunidade, o que requer, desde logo, a estabilidade do corpo docente", salientou Cavaco Silva.

Além disso, acrescentou, a dignidade da função docente assenta também, em larga medida, "no respeito e na admiração que os professores são capazes de suscitar na comunidade educativa, junto dos colegas, dos pais e dos alunos".

"A edução é neste momento uma preocupação", afirmou Mário Nogueira, porque a edução "é um dos graves problemas" que a sociedade portuguesa enfrenta e o discurso de Cavaco Silva espelha isso.

Os professores têm de fazer parte das mudanças e estas não devem ser feitas contra eles, acrescentou ainda o sindicalista, lembrando que nem sempre os professores têm sido tratados com dignidade.


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