Explosão que feriu avós e neta fez estremecer "aldeia inteira"

por © 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Vila Viçosa, 21 dez (Lusa) -- A violenta explosão ocorrida terça-feira à noite numa habitação em São Romão, Vila Viçosa (Évora), que causou quatro feridos, três deles graves, fez estremecer "a aldeia inteira", segundo relatos de moradores locais.

Com o barulho que foi, "isto devia ter estremecido a aldeia inteira", argumentou hoje à Agência Lusa João Pinéu, um dos residentes, ao recordar o sucedido.

Com outros moradores locais, João encontrava-se num bar na altura da explosão, quando se deu o "estrondo".

"Assomámos à porta, visto isto [casa] aqui a arder e as pessoas a gritar. Já estava tudo em chamas e as pessoas aflitas", relatou, garantindo que não houve "grande tempo para ajudar" porque, logo a seguir à explosão "houve o incêndio".

Contudo, alguns bombeiros que andavam na zona, a efetuar o peditório de Natal, foram ajudar na ocorrência.

"Foi tudo buscar o extintor para ajudar, depois começaram a chegar as ambulâncias do INEM e os helicópteros", acrescentou.

O susto vivido na noite de terça-feira também está ainda bem presente na casa em frente à que explodiu. A moradora, Maria José Lagareiro, e o marido ainda tentaram socorrer os vizinhos.

"Eu estava em casa e ouvi o estrondo. Quando cheguei à porta, já o meu marido tinha abalado para baixo, a correr, para ver do senhor que ia todo em labareda" e, com um cortinado, tentou "apagá-lo", contou.

Quanto a Maria José, viu "a avó com a menina ao colo" e apanhou a criança, quando "apareceu a outra avó também toda queimada".

Segundo a vizinha, que classificou como "horrível" a situação, "tudo indica" que terá sido o gás a motivar a explosão: "E tinha estado aqui o técnico. Isso é que me faz confusão".

O comandante do posto local da GNR, cabo chefe António Rocha, também admitiu à Lusa ter-se tratado de uma explosão de gás, embora a origem da ocorrência só vá ser determinada "em sede de averiguações e inquérito".

"Tudo indica no sentido de ter sido a acumulação de gás na habitação que originou a explosão", afirmou.

A Polícia Judiciária já foi chamada para averiguar as causas da violenta explosão, que destruiu parcialmente a casa.

O alerta foi dado às 20:10 de terça-feira, tendo todos os feridos, uma criança de 16 meses e duas avós e um avô, sofrido queimaduras.

A menina, em estado considerado grave, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, foi transportada de helicóptero para o Hospital da Estefânia, em Lisboa.

Uma das avós foi evacuada para o Hospital de S. José, igualmente em Lisboa, e o avô para o Hospital da Prelada, no Porto, ambos com queimaduras graves.

A outra avó, com ferimentos ligeiros, foi conduzida para o Hospital de Elvas.

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