A Polícia Judiciária Militar está a investigar a explosão ocorrida durante a tarde de quinta-feira no Campo Militar de Santa Margarida, quando uma equipa de destruição de explosivos efetuava uma operação de rotina. Morreu um militar. Outros cinco ficaram feridos, dos quais dois com gravidade.
Para o local da detonação, apurou a equipa de reportagem da RTP, seguiram entretanto oito elementos de duas equipas da Polícia Judiciária Militar: do Laboratório de Polícia Técnico-Científica e de Investigação Criminal. O Exército expressou ontem profundo pesar pela morte do militar vitimado por uma “explosão inopinada”.
“Neste momento de luto, dor e sofrimento para a família, amigos e para o Exército Português, o General Chefe do Estado-Maior do Exército transmite todo o apoio e solidariedade”, declarou este ramo das Forças Armadas num terceiro comunicado sobre os acontecimentos no Campo de Santa Margarida, em Constância, no distrito de Santarém.Num primeiro momento, o Exército deu conta da abertura de um processo de averiguações após uma “explosão inadvertida”, cerca das 16h40 de quinta-feira, em Santa Margarida. Numa segunda comunicação, disse tratar-se de uma “explosão inopinada”.
A operação decorreu no âmbito do “Planeamento e Gestão das Áreas de Instrução, Infraestruturas de Tiro e de Treino do Campo Militar de Santa Margarida” e estava a ser efetuada por uma equipa de “inativação de engenhos explosivos do Regimento de Engenharia N.º 1 para a destruição, no local, de munições, explosivos e artifícios de fogo”. Pelas 20h00, num balanço feito aos jornalistas, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância, Marco Gomes, adiantava que o incidente tivera lugar na sequência da destruição de uma máquina que se encontrava “a soterrar todo o explosivo que ficou danificado”.
O presidente da República afirmou que tenciona visitar os militares feridos logo que seja possível.
Em declarações à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa disse estar a acompanhar “a par e passo” a evolução do estado dos cinco feridos e enviou condolências à família do militar que perdeu a vida. Enfatizou ainda que esta era uma equipa “muito especializada e muito competente”. Na sequência da explosão, o chefe de Estado adiou a reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional que estava marcada para esta sexta-feira, ao início da tarde.
“Este é um momento de pesar para o Exército português e para as Forças Armadas portuguesas, não é o melhor momento para uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional”, vincou o presidente.
c/ Lusa
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