Ricardo Salgado foi esta terça-feira identificado e acabou por ser dispensado pelo coletivo de juízes. No Campus de Justiça, em Lisboa, o advogado de defesa do antigo banqueiro não poupou críticas: "Abriu-se uma página negra na justiça portuguesa".
Após Ricardo Salgado ter sido dispensado, o advogado de defesa criticou o coletivo de juízes, ao afirmar que “sabemos como estas pessoas [com demência] são tratadas” no estrangeiro e “como são tratadas no mundo incivilizado”.
"Abriu-se uma página negra na justiça portuguesa (…) diante de todo mundo”, afirmou o advogado de Ricardo Salgado.
Francisco Proença de Carvalho recordou que foi apresentado um relatório médico que disse que “uma anterior sessão tinha tido efeitos muito negativos”, mas o ex-banqueiro teve mesmo que se apresentar em tribunal, esta terça-feira de manhã."Abriu-se uma página negra na justiça portuguesa (…) diante de todo mundo”, afirmou o advogado de Ricardo Salgado.
No entanto, a defesa não pediu para entrar pela garagem, como já o fez em outra ocasião. Preferiu a entrada principal do tribunal.
Questionado pelos jornalistas sobre estra decisão, Francisco Proença de Carvalho respondeu com a frase “é um espaço público”.
Questionado pelos jornalistas sobre estra decisão, Francisco Proença de Carvalho respondeu com a frase “é um espaço público”.
Quanto às respostas de Ricardo Salgado, deu a morada errada, errou no nome da mãe e não soube dizer a data de nascimento. O advogado de defesa disse ter pouca esperança neste julgamento.
O antigo banqueiro chegou ao Campus de Justiça de mão dada com a mulher e acompanhado pelo advogado de defesa, Francisco Proença de Carvalho. Ricardo Salgado apareceu visivelmente debilitado e o caminho até à entrada do tribunal foi longo e confuso.
O antigo banqueiro chegou ao Campus de Justiça de mão dada com a mulher e acompanhado pelo advogado de defesa, Francisco Proença de Carvalho. Ricardo Salgado apareceu visivelmente debilitado e o caminho até à entrada do tribunal foi longo e confuso.
Nos momentos iniciais não houve presença da polícia. Questionado pela repórter da RTP Mariana Flor sobre as condições da chegada de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho admitiu que “poderia ter sido evitado”.
São vários os lesados do BES que marcam presença no exterior do tribunal. São também muitos os jornalistas nacionais e internacionais.
Um lesado do BES aproximou-se do antigo banqueiro para lhe dizer que "tinha capacidade para resolver o problema dos lesados". Antes já se tinha instalado a confusão. Na sala de audiências, a defesa requereu "que procedesse à identificação e que a seguir o dispensasse de ficar na audiência e de comparecer nas seguintes".
São vários os lesados do BES que marcam presença no exterior do tribunal. São também muitos os jornalistas nacionais e internacionais.
Um lesado do BES aproximou-se do antigo banqueiro para lhe dizer que "tinha capacidade para resolver o problema dos lesados". Antes já se tinha instalado a confusão. Na sala de audiências, a defesa requereu "que procedesse à identificação e que a seguir o dispensasse de ficar na audiência e de comparecer nas seguintes".
Ricardo Salgado acabou por ser dispensado de todas as audiências e saiu pela garagem.
Quanto à presença do ex-banqueiro em tribunal, o advogado Ricardo Sá Fernandes, que representa um cliente que perdeu 20 milhões de euros, reconheceu ter "as maiores reservas" de que Ricardo Salgado possa ser julgado criminalmente devido ao estado de saúde.
Por outro lado, o advogado Miguel Matias, que representa a Petróleos da Venezuela (PDVSA), defendeu que o humanismo devia ser voltado para as vítimas e sublinhou que "alguém do Banco de Portugal devia estar sentado" no julgamento.
Por outro lado, o advogado Miguel Matias, que representa a Petróleos da Venezuela (PDVSA), defendeu que o humanismo devia ser voltado para as vítimas e sublinhou que "alguém do Banco de Portugal devia estar sentado" no julgamento.