Escola Sá da Bandeira recebe prémio Pilar para a Paz, da UNESCO

por Agência LUSA

A Escola Secundária Sá da Bandeira (ESSB), em Santarém, recebe terça-feira o prémio Pilar para a Paz, atribuído pela primeira vez pela UNESCO a uma instituição de ensino.

Adélia Esteves, presidente do Conselho Executivo da ESSB, disse hoje à Agência Lusa que o prémio distingue o trabalho que tem sido desenvolvido pela escola, desde 1998, na organização dos Encontros de Jovens Cientistas do Futuro.

Segundo a justificação do prémio, a organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconheceu as "práticas inovadoras e diferentes" desenvolvidas pela escola, disse a presidente do conselho executivo.

A Escola Secundária Sá da Bandeira é uma das 7.500 que, a nível mundial, são associadas da UNESCO.

Foi numa ida a um dos projectos no estrangeiro que um grupo de professores decidiu desenvolver a ideia, pondo a ciência em destaque, afirmou Adélia Esteves.

Nos encontros, que encerram o trabalho desenvolvido pelas escolas participantes ao longo do primeiro período do ano escolar, têm participado instituições de ensino portuguesas e espanholas e também uma professora brasileira, que mostra os trabalhos dos seus alunos.

Este ano, adoptando o tema definido pelas Nações Unidas, o encontro visou "celebrar o gosto pela física" e contou também com a participação de uma escola francesa, adiantou.

Segundo Adélia Esteves, o trabalho desenvolvido pela escola portuguesa tem sempre por base os "quatro pilares" definidos pela UNESCO: saber viver juntos, aprender a ser, a fazer e a conhecer.

O prémio será entregue terça-feira de manhã, numa sessão que vai decorrer no ginásio da escola e que vai contar com a presença do presidente da Comissão Nacional da UNESCO, José Sasportes, e da secretária executiva Manuela Galhardo.

A escola foi ainda premiada com a inauguração da exposição "Itinerários da Memória, Escravatura e Tráfico Negreiro na África de Língua Portuguesa", produzida pelo Comité Português da Rota do Escravo, com o apoio da Comissão Nacional da UNESCO.

Exemplares desta exposição foram entregues às Comissões Nacionais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e também à UNESCO, segundo uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que divulgou a atribuição do prémio.

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