Entrevista a Rute Agulhas. Maioria das vítimas de abusos na Igreja quer apenas quebrar silêncio de décadas
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Em entrevista à Antena 1, a coordenadora do Grupo Vita explica que a maioria das vítimas de abusos sexuais na Igreja que procuram ajuda tem mostrado uma "maior necessidade" de "quebrar o silêncio de tantas décadas" e de "se sentirem verdadeiramente escutadas".
Oito meses depois da entrada em funcionamento do Grupo Vita, Rute Agulhas explica que foram registados 71 pedidos de ajuda, sendo dois terços dos casos "situações em que as pessoas falam pela primeira vez". Apenas um terço destes casos já tinham sido reportados à Igreja.
O Grupo Vita vai apresentar à Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no dia 19 de fevereiro, com a proposta sobre a reparação financeira às vítimas de abuso sexual na Igreja. Um documento que "vai explicar a forma como todo o processo deve ser corrigido, quais devem ser os critérios de decisão, quem deve regulamentar".