Entrevista à RTP. Inês Sousa Real diz que é impossível o PAN entender-se com a AD e Chega
José Sena Goulão - Lusa
Inês Sousa Real rejeita entendimentos com a Aliança Democrática (AD) e com o Chega e admite entendimentos ao centro e à esquerda. Em entrevista ao jornalista Hugo Gilberto, na RTP, a líder do PAN afirmou que a entrada de Passos Coelho na campanha e a hipótese de um novo referendo à interrupção voluntária da gravidez reforçam as linhas vermelhas que separam o PAN do que descreveu como sendo a direita conservadora e extremista.
A porta-voz do PAN distanciou-se da “agenda conservadora, fundamentalista e extremista” de duas das forças políticas de direita. “Um voto a favor quer do Chega quer da Aliança Democrática é claramente um voto contra os direitos das mulheres, contra também a proteção dos animais (…) ou direitos sociais fundamentais”, sublinhou.
Como exemplo, Inês Sousa Real referiu o discurso de Pedro Passos Coelho que considera que põe em causa os direitos sociais, sobretudo dos migrantes. A líder do PS admite que a entrada do ex-primeiro-ministro na campanha da AD e a mensagem veiculada pelo PSD aliada à AD que é “contrária aos valores humanitários do século XXI” veio afastar mais o PAN da coligação de direita.
Sobre a questão do aborto, a jurista afirmou que o PAN rejeita a possibilidade de um novo referendo sobre esta matéria por ser contra os direitos humanos. “Nós não nos podemos esquecer que o direito à interrupção voluntária da gravidez não empurra nenhuma mulher para o aborto, nós estamos a falar de um direito fundamental à saúde”, afirmou.
A líder do PAN recordou que antes de ser aprovada a legislação que legalizou o aborto, “muitas mulheres morriam durante as intervenções porque o aborto era feito na clandestinidade”.
No dia em que o líder da AD, Luís Montenegro, foi atingido com tinta verde por um ativista climático durante a campanha eleitoral, Sousa Real disse que o PAN não concorda com a forma como os protestos ambientais estão a ser levados a cabo. Apesar de compreender a preocupação dos jovens ativistas relativamente à “fatura climática pesada que os governantes lhes estão a deixar”, a deputada sublinhou que não se revê nesta forma de atuar.
Ainda sobre a construção do novo aeroporto, Inês Sousa Real considera que a ferrovia devia estar à frente do aeroporto e afirmou que o que está atrasar o país é não haver uma aposta séria na ferrovia e na coesão territorial.
Sobre a questão do aborto, a jurista afirmou que o PAN rejeita a possibilidade de um novo referendo sobre esta matéria por ser contra os direitos humanos. “Nós não nos podemos esquecer que o direito à interrupção voluntária da gravidez não empurra nenhuma mulher para o aborto, nós estamos a falar de um direito fundamental à saúde”, afirmou.
A líder do PAN recordou que antes de ser aprovada a legislação que legalizou o aborto, “muitas mulheres morriam durante as intervenções porque o aborto era feito na clandestinidade”.
No dia em que o líder da AD, Luís Montenegro, foi atingido com tinta verde por um ativista climático durante a campanha eleitoral, Sousa Real disse que o PAN não concorda com a forma como os protestos ambientais estão a ser levados a cabo. Apesar de compreender a preocupação dos jovens ativistas relativamente à “fatura climática pesada que os governantes lhes estão a deixar”, a deputada sublinhou que não se revê nesta forma de atuar.
Ainda sobre a construção do novo aeroporto, Inês Sousa Real considera que a ferrovia devia estar à frente do aeroporto e afirmou que o que está atrasar o país é não haver uma aposta séria na ferrovia e na coesão territorial.
“Os 12 mil milhões de euros que querem gastar numa solução em Alcochete, quando é a solução que provoca mais danos ambientais (…) deveriam ser canalizados na ferrovia, em particular da velocidade alta e da alta velocidade”, afirmou. Para já, a líder do PAN defendeu que o aeroporto de Beja tem de ser como uma solução complementar integrada no plano de investimentos.
Inês Sousa Real quer alargar a influência parlamentar e, por isso, apela a mais força dos eleitores nas próximas eleições no dia 10 de março.
Esta é a segunda de uma série de entrevistas aos líderes partidários para ver nos próximos dias no Telejornal.