Ensino Superior. Quase 50 mil alunos colocados na primeira fase

por RTP
Michaela Rehle - Reuters

É o segundo maior número de colocados de sempre. São 49.806 estudantes que ingressam no Ensino Superior nesta 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, destaca-se nesta colocação o aumento de colocados em instituições no interior do país.

Há mais alunos em cursos de competências digitais, ciências dos dados e engenharias aeroespaciais e um aumento significativo de colocados em licenciaturas de Educação Básica.

Este é também o ano com o maior número de sempre de colocados pelo contingente especial para estudantes com deficiência.

Do total de novos estudantes colocados na primeira fase, 84 por cento conseguiram garantir vaga uma das suas três primeiras opções de candidatura, revela o Ministério.

De resto, foram já colocados 81 por cento dos candidatos ao Concurso Nacional da Acesso, o que aumenta a taxa de colocação em relação ao ano letivo 2021/2022.


Nas instituições em regiões de menor densidade demográfica foram colocados 13.351 alunos, mais seis por cento do que no ano passado. Diversas instituições do interior do país viram aumentar o número de colocados, destaca o Ministério. 

Nos cursos de competências digitais, ciências de dados e sistemas avançados e informação, ciências e tecnologias do espaço e engenharia aerospacial, foram colocados 7.327 estudantes, mais nove por cento em relação ao ano anterior.

Este ano, nos cursos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foram colocados 3.383 estudantes, com uma taxa de ocupação de 94 por cento. Estes cursos estão orientados para as áreas STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics).

Destaque também para o contingente especial para estudantes com deficiência: 381 alunos entraram no Ensino Superior ao abrigo deste contingente. Um aumento de 21 por cento face ao ano anterior e que é o número mais elevado de sempre.

De igual forma, também o contingente especial para emigrantes e lusodescendentes teve um aumento de 16 por cento face ao ano anterior. Foram colocados 484 estudantes quando no ano passado tinham sido colocados 419 candidatos.

Numa altura em que se debate o envelhecimento demográfico entre os docentes, nota para o aumento de 14 por cento no número de estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica. Foram colocados 727 estudantes nestes cursos superiores.
Medicina com a nota mais alta
Nesta primeira fase do concurso nacional de acesso, sobraram 5.284 vagas para as fases subsequentes. Este é o menor número de vagas sobrantes desde 1989.

Destaque ainda para a atribuição de bolsas. O Governo assinala, em comunicado, o “reforço dos apoios sociais” de forma a estimular o acesso ao ensino superior de “candidatos economicamente carenciados”.

Entre as principais medidas que o Ministério destaca estão “a atribuição automática de bolsa de estudo no ensino superior a todos os estudantes que beneficiem de 1.º, 2.º ou 3.º escalão de abono de família” ou os apoios a estudantes deslocados da sua residência habitual.

Como tem acontecido em anos anteriores, as licenciaturas em áreas relacionadas com medicina, engenharia a terem as classificações a avaliar pelas notas de entrada dos últimos colocados.

Destaque para o curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto (18,90), os cursos de Engenharia Aerospacial (18,78), Engenharia Física e Tecnológica (18,78) e Matemática Aplicada e Computação (18,70) no Instituto Superior Técnico, ou ainda Medicina (18,72, Engenharia e Gestão Industrial (18,73) e Bioengenharia (18,65) na Universidade do Porto.
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