Os enfermeiros deram início, às 0h00 desta quarta-feira, a uma greve de seis dias não consecutivos. Estes profissionais exigem à tutela a apresentação de uma nova proposta para a carreira de enfermagem. O processo negocial deveria ter sido concluído em junho.
Ouvido pela Antena 1, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses admitiu uma interrupção da greve, se a reunião de dia 12 produzir resultados.
“Nós temos desde já agendada a continuação da greve para 16, 17, 18 e 19 e com a realização de uma manifestação nacional. Naturalmente que tudo isto terá de ser reavaliado, caso o Ministério da Saúde apresente uma proposta que se aproxime daquilo que são as justas reivindicações dos enfermeiros, apresentadas pelos quatro sindicatos”, explicou.
José Carlos Martins relembrou ainda os motivos na base desta ação de protesto.
“O primeiro é que a carreira, do ponto de vista formal, seja um diploma único para todos os enfermeiros, independentemente do vínculo. A segunda questão é que haja uma valorização da grelha salarial, como o Governo assumiu no protocolo negocial. A terceira questão é que a área da gestão seja prosseguida através de uma categoria e depois a questão da dignificação dos enfermeiros especialistas e a aposentação mais cedo, porque é totalmente impensável que os enfermeiros aguentem a trabalhar por turnos até aos 66 anos de idade”, enumerou o dirigente sindical.
Antena 1
Esta quarta-feira a paralisação decorre apenas nos blocos operatórios e cirurgia de ambulatório das unidades hospitalares. A partir de quinta-feira passa a abranger todo o Serviço Nacional de Saúde.
Para 19 de outubro está prevista uma manifestação diante do Ministério da Saúde, em Lisboa.
Recorde-se que os enfermeiros haviam cumprido uma greve de alcance nacional a 20 e 21 de setembro, invocando as mesmas rações. A adesão, avançaram então as organizações sindicais, situou-se em 80,4 por cento.
O protesto que agora se inicia é convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) e pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE).
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