Encerramento de urgências. PS lamenta "clima de deterioração" no SNS

por Antena 1
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O PS considera que os encerramentos de serviços de urgência são a prova de que o Governo e o Ministério da Saúde não estão a cuidar como deviam do planeamento no SNS e de que há uma "deterioração" do trabalho em rede que, entendem os socialistas, não está a funcionar como devia.

Ouvida pela Antena 1, a antiga ministra Mariana Vieira da Silva defende que o ministério liderado por Ana Paula Martins tem sido, inclusive, responsável por situações inéditas no atendimento dos utentes.

"Aquilo que nós estamos a viver nesta Páscoa - e que vivemos no Natal e no período do Verão e, que, arrisco, possa ser a realidade também nos dois próximos fins de semana, que são dois fins de semana prolongados - é o resultado de uma crença de que não é preciso fazer um trabalho de organização de rede. O que aconteceu é que o trabalho que estava a ser feito - e que levou a que tivéssemos melhorias no ano de 2023 face ao ano de 2022 - foi suspenso", diz.

Para a vice-presidente do grupo parlamentar do PS e coordenadora da área da saúde, o Governo e o ministério da Saúde empurraram o setor para um "clima de deterioração" que contrasta com as acusações feitas ao Governo de António Costa por parte do PSD de Luís Montenegro.

"Quando, nas últimas eleições, ouvíamos o PSD em campanha a dizer que não voltaria a fechar urgências à vez como se fez no passado, aquilo que temos é um encerramento muitas vezes caótico dessas mesmas urgências", insiste a socialista, numa reação ao encerramento de urgências nos próximos dias e que já levou o Diretor-Executivo do SNS, Álvaro Almeida, a garantir que “ninguém deixará de ser atendido” no fim de semana de Páscoa.
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Para Mariana Vieira da Silva, o SNS vive um "clima de deterioração" que tem sido comprovado através de encerramentos regulares de serviços de urgência.

"[Com o Governo da AD] Já tivemos casos em que toda a Península de Setúbal não tinha uma única urgência de ginecologia e obstetrícia aberta. Isso revela a falta de planeamento e a crença de que não é preciso organizar", insiste.

A vice-presidente do grupo parlamentar do PS considera também que, desde a saída de Fernando Araújo da liderança do SNS, tem sido difícil perceber a diferença de papéis do diretor executivo do SNS e da ministra Ana Paula Martins.

"Desmontou-se uma equipa, uma estratégia e uma lógica de gerir o SNS nestes períodos. E, deixou de se cuidar da organização destes momentos. Qualquer instituição que conheça três líderes no espaço de um ano vê-se fragilizada na sua capacidade de trabalho", sublinha Mariana Vieira da Silva, que diz não ver "clareza" nos papéis de Álvaro Almeida e da ministra da Saúde: "Estamos numa situação de vazio".
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