A empresa Manuel Vieira & Cª de Torres Novas, uma das empresas líder do mercado de embalamento de álcool em Portugal, está a produzir cerca de 75 mil garrafas de álcool por dia e ainda assim precisava de mais 3 meses para satisfazer todas as encomendas que tem neste momento.
Quando a procura interna se acentuou a Manuel Vieira optou por travar as exportações e fornecer apenas o mercado nacional. "Não podia ser de outra forma", adianta André Fonseca, lembrando que se trata de um "dever moral".
Nas últimas três semanas a empresa que importa álcool de Espanha e de França, porque em Portugal não há nenhuma fábrica que produza especificamente álcool etílico, vendeu mais de 300 mil litros de álcool não só em garrafas mas também diretamente a produtoras de desinfectantes que precisam do álcool para o fabrico desses produtos.
André Fonseca adianta que tem sido muito difícil comprar o álcool aos fornecedores habituais porque a escassez é grande e os preços têm subido de uma forma exponencial. Ainda assim, para poder satisfazer o mercado nacional, a empresa "tem tentado comprar tudo o que aparece" muitas vezes com um incremento do preço que corresponde a mais de 80 por cento do habitual.
André Fonseca admite que não pode deixar de reflectir esse custo nos produtos que vende mas não mais do que isso.
Apesar das referências que tem sido feitas ao preço do álcool nas farmácias, André Fonseca garante: "este setor do álcool não está a especular". Sobre a actuação das farmácias não se pronuncia.