Embaixada da Rússia em Lisboa recusa comentar expulsão de funcionários russos
A Embaixada da Rússia em Lisboa recusa comentar a decisão do Governo de expulsar funcionários russos de Portugal. Contactados pela RTP, os representantes de Moscovo em Lisboa limitam-se a dizer que não comentam.
Portugal alinhou a sua posição com a maioria da dos países do bloco europeu. Dez funcionários da embaixada russa foram considerados persona non grata, um termo diplomático que significa “pessoa indesejável” à República Portuguesa.
De acordo com o Governo, estes dez funcionários da missão diplomática russa desenvolvem atividades contrárias à segurança nacional portuguesa. Em comunicado, o Ministério liderado por João Gomes Cravinho sublinha que nenhum dos funcionários expulsos do país é diplomata de carreira, o Governo sublinha "a condenação, firme e veemente, da agressão russa em território ucraniano".A decisão do Ministério português dos Negócios Estrangeiros segue a linha de vários outros países europeus, que anunciaram a expulsão de diplomatas russos nos últimos dias.
De acordo com uma contagem da agência de notícias francesa AFP, o número de diplomatas russos expulsos de vários países da União Europeia desde a invasão da Ucrânia era na terça-feira de pelo menos 260.
Uma medida que a Presidência russa (Kremlin) lamentou, afirmando que tal só vai dificultar as possibilidades de comunicação a nível diplomático, numa altura em que "as condições já estão difíceis".
Isto "denota uma falta de visão que complicará ainda mais" as relações entre a Rússia e a União Europeia, declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
"E isso, inevitavelmente, levará a medidas de retaliação", acrescentou.