Uma avioneta de transporte de paraquedistas despenhou-se ontem em Évora provocando a morte aos dois ocupantes. A aeronave, um bimotor Beech 99, foi comprada em segunda mão e chegou há uma semana à SkyDive, empresa aeronáutica instalada a menos de um quilómetro do Bairro de Almeirim, onde se desenhou.
O avião, com capacidade para 18 pára-quedistas havia feito vários voos para "dezenas de saltos", acrescentou Lima Bastos. "Ao voltar à esquerda fez uma volta apertada para aterrar na pista contrária de onde tinha vindo. Uma volta apertada a esta altitude tem de ser feita com muita perícia e com mais potência do que o habitual nos motores porque, de contrário, o avião não tem sustentação e cai", disse ainda o comandante.
As causas do acidente ainda estão por apurar. "Nada nos garante que tenha sido esta a causa do acidente (....) podemos arranjar 100 hipóteses para a queda deste avião, ma só a investigação é que vai apurar as causas", disse ainda.
A pesquisa dos peritos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves tem início esta manhã.
Num primeiro momento, foi confirmada uma vítima mortal. Posteriormente, a governadora civil confirmou que eram dois os ocupantes, tendo ambos perdido a vida. Uma das vítimas é o proprietário da empresa.
"Tínhamos a confirmação da torre de controlo do aeródromo de que estavam duas pessoas no avião, mas a confirmação exacta só a tivemos quando desenvolvemos as nossas operações porque havia relatos de populares de que teria saltado uma pessoa do avião", contou, por seu turno, o comandante distrital de Évora das Operações de Socorro.
José Ribeiro confirmou que o avião foi contra um prédio e incendiou-se. "Esta casa e a seguinte são habitadas mas não tinham ninguém. Estão de férias", disse.