A polícia britânica anunciou hoje a morte de duas pessoas que haviam sido atacadas em eventos separados durante o Carnaval de Notting Hill, em Londres, um dos maiores do mundo, no passado fim de semana.
As duas vítimas - uma mãe que participava no carnaval com a filha pequena e um chefe de cozinha de visita ao Reino Unido - estavam hospitalizadas há pouco menos de uma semana.
Cher Maximen, de 32 anos, foi esfaqueada em plena luz do dia no domingo, 25 de agosto, depois de ter tentado intervir numa rixa, e morreu hoje de manhã, segundo a polícia.
Um homem de 20 anos foi presente a tribunal na quarta-feira por tentativa de homicídio, uma acusação que será revista após a morte da vítima.
Mussie Imnetu, um cozinheiro de 41 anos residente no Dubai e de visita ao Reino Unido, que tinha trabalhado com Gordon Ramsay e Alain Ducasse, morreu na sexta-feira à noite.
Na segunda-feira à noite, foi encontrado inconsciente, com um ferimento na cabeça, à porta de um restaurante frequentado por muitos foliões.
Um homem de 31 anos foi acusado na sexta-feira por suspeita de ter provocado os ferimentos e o seu caso será também revisto na sequência da morte do chefe, informou a polícia.
Os organizadores do evento expressaram o seu "choque", tal como o Presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan.
Como acontece todos os anos, cerca de um milhão de pessoas acorreram às ruas deste bairro da zona ocidental da capital durante dois dias para o famoso carnaval, que celebra a cultura das Caraíbas há mais de 50 anos.
É considerado o maior da Europa e o segundo maior do mundo, depois do Rio de Janeiro, no Brasil.
Um total de oito pessoas foram esfaqueadas - três no domingo e cinco na segunda-feira - apesar da instalação de arcos detetores de metais nas entradas de certas ruas.
Centenas de pessoas foram igualmente detidas todos os dias.
Embora a posse de armas de fogo esteja regulamentada de forma muito rigorosa no Reino Unido, o país tem dificuldade em regulamentar a posse de armas brancas, sobretudo entre os adolescentes.
Nas últimas semanas, ocorreram vários ataques com facas no Reino Unido, sem que a polícia tenha denunciado quaisquer motivos terroristas, tal como no esfaqueamento de três raparigas em Southport (noroeste), há cerca de um mês, que provocou motins antimigrantes e islamofóbicos.