Diferença salarial entre homens e mulheres mais acentuada nos quadros superiores
A diferença salarial entre homens e mulheres em Portugal é mais acentuada nos quadros superiores e nos profissionais altamente qualificados, segundo dados da Pordata.
A disparidade salarial entre homens e mulheres no ganho médio mensal é de 27,3% nos quadros superiores e de 20,9% nos profissionais altamente qualificados.
Na sexta-feira foi divulgado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o barómetro sobre igualdade remuneratória que revelou que a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu 80 cêntimos em 2018 face a 2017 para 148,9 euros, fixando-se em 14,4%.
De acordo com o barómetro sobre igualdade remuneratória a disparidade salarial reduziu-se em 0,4 pontos percentuais em 2018 face ao ano anterior, para 14,4%.
A remuneração base média mensal registada foi de 1.034,9 euros para os homens, enquanto a das mulheres foi de 886 euros, uma diferença de 148,9 euros, menos 80 cêntimos do que em 2017.
Em Portugal, há profissões que permanecem maioritariamente masculinas: é o caso das polícias, dos docentes do ensino superior e dos deputados eleitos para a Assembleia da República.
Nas polícias a percentagem de homens é sempre igual ou superior a 92 por cento e entre os deputados eleitos as mulheres representam em 2019 menos de três quintos do total de deputados, o valor mais baixo registado desde 1975.
Outras continuam a ser maioritariamente femininas, como é o caso das educadoras do ensino pré-escolar e os docentes do básico e secundário.
Mas já no caso dos médicos, magistrados e advogados, o número de mulheres é superior.
A taxa de emprego dos homens é superior à das mulheres, mas a diferença entre sexos tem vindo a aproximar-se pela diminuição da taxa de emprego dos homens e pelo aumento ligeiro da taxa de emprego das mulheres entre 1983 e 2018.
Entre 1983 e 2018, a taxa de emprego dos homens passou de 70% para 60%. Nas mulheres passou de 43% para 50%, um acréscimo de sete pontos percentuais.
Nos países da UE-27, a taxa de emprego masculina é sempre superior à feminina, contudo há países onde essa diferença entre sexos é menor, como é o caso da Suécia e Finlândia.
Em sentido oposto destacam-se a Malta e a Roménia onde se assinalam as maiores diferenças.
Os dados revelam também que em Portugal a percentagem de mulheres empregadas a tempo parcial é muito superior à dos homens.