Dia de greve da função pública, a primeira grande greve para novo Governo

por RTP
Os trabalhadores da Função Pública voltam hoje aos protestos de rua Rodrigo Antunes - Lusa

A Frente Comum de sindicatos da administração pública espera uma "grande adesão" à greve marcada para esta sexta-feira no âmbito da jornada nacional de luta e que milhares de pessoas de todo o país participem na manifestação em Lisboa. É a primeira grande greve que o novo Governo enfrenta. Há serviços mínimos, mas são de esperar constrangimentos em várias áreas. A paralisação foi convocada pela CGTP, que marcou também uma concentração à tarde em frente ao Ministério das Finanças.

Saúde, educação e serviços centrais, nomeadamente tribunais, Segurança Social e repartições de finanças deverão ser os setores mais afetados e a registar a maior adesão a esta greve da administração pública, segundo antecipou o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações à Lusa.

Um protesto contra o aumento do custo de vida, e em defesa de aumentos salariais de, pelo menos, 15%.

A expectativa é que esta greve provoque o encerramento sobretudo de escolas do pré-escolar e do primeiro ciclo.É o que diz à Antena 1, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas. Filinto Lima deixa, por isso, alguns conselhos aos pais.


Este dia de greve permitirá que os funcionários públicos se juntem à concentração que terá por destino o Ministério das Finanças, em Lisboa, com a Frente Comum a apontar para a participação de milhares de pessoas porque, sublinhou Sebastião Santana, os motivos para fazer greve e protestar aumentaram com a chegada do novo Governo e o conteúdo do seu programa.

"No dia em que soubemos que a tutela da administração pública ia ficar no Ministério das Finanças entregámos o nosso caderno reivindicativo e até agora não tivemos qualquer resposta", afirmou o dirigente sindical. 

Uma das prioridades deste caderno é um aumento intercalar dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, "porque os trabalhadores não podem ficar sem qualquer aumento até 2025".

Sebastião Santana precisou ainda que se no final de outubro, aquando da aprovação da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) havia razões para os trabalhadores fazerem greve, estas razões são agora ainda maiores porque "os problemas só se agudizaram".

c/Lusa
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