“O número de novos casos de Covid-19 em crianças tem vindo a aumentar” e, embora “a doença nestas faixas etárias” seja “geralmente ligeira”, há “formas graves”. É esta a base da recomendação ontem feita pela Direção-Geral da Saúde no sentido da vacinação de menores dos cinco aos 11 anos. A vacina a administrar é a Comirnaty, da farmacêutica Pfizer.
“O número de novos casos de Covid-19 em crianças tem vindo a aumentar. A doença nestas faixas etárias é geralmente ligeira, mas existem formas graves de Covid-19 em crianças”, sublinha então a Direção-Geral da Saúde.
“Para esta posição foram considerados os contributos de um grupo de especialistas em pediatria e saúde infantil, bem como de membros consultivos da CTVC", refere a DGS. Ainda segundo a estrutura, o risco de hospitalização é acrescido em crianças portadoras de doenças de risco. Todavia, boa parte dos internamentos ocorre em crianças sem tais condições.
Explicações adicionais
A Direção-Geral da Saúde e o Núcleo de Coordenação de Apoio ao Ministério da Saúde darão, na próxima sexta-feira, em conferência de imprensa, mais esclarecimentos técnicos e detalhes sobre o calendário desta campanha de vacinação e a sua logística.
A 25 de novembro, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, adiantava que o Governo havia já contratualizado o fornecimento de vacinas pediátricas, acautelando a cobertura das mais de 637 mil crianças da faixa etária dos cinco aos 11 anos.
A incidência de infeções do coronavírus em crianças com menos de dez anos está a crescer desde o final de outubro, sendo a faixa etária que apresentou um valor mais elevado na última semana.
O país deverá receber as primeiras 300 mil vacinas pediátricas contra a Covid-19 do consórcio BioNTech/Pfizer a 13 de dezembro, anunciou na passada segunda-feira o secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.
“Vão chegar cerca de 300 mil vacinas no dia 13 de dezembro e, depois, durante o mês de janeiro, chegarão mais 400 mil vacinas, o que, para esta população, será suficiente”, afirmou o governante, para acrescentar que esta é uma “vacinação diferente porque é por unidose, de dez microgramas, cerca de um terço da dose de um adulto”.
De acordo com a mais recente análise de risco da pandemia, conhecida na sexta-feira, o grupo etário com incidência cumulativa a 14 dias mais elevada correspondeu às crianças entre os zero e os dez anos, com 597 casos por 100 mil habitantes.
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