DGS recomenda doses de reforço com vacinas de Pfizer e Moderna
As doses de reforço contra a Covid-19 devem ser administradas com vacinas da Moderna e da Pfizer pelo menos seis meses depois do esquema vacinal, recomenda a Direção-Geral da Saúde. Esta recomendação não é aplicável às pessoas que recuperaram da infeção pelo SARS-CoV-2.
A dose de reforço, afirma a estrutura encabeçada por Graça Freitas, é recomendada a residentes e utentes de lares, instituições similares e da rede de cuidados continuados integrados, pessoas com 80 ou mais anos de idade e 65 ou mais anos.
Na quarta-feira, porém, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, adiantou que terá “muito em breve” início o reforço de vacinação de profissionais de saúde e do sector social.
“Porque nunca perdemos de vista aqueles que têm de cuidar de nós, vamos muito em breve começar com a terceira dose de reforço para profissionais de saúde, algo que já estava programado e aprovado pela Comissão Técnica de Vacinação”, dizia ontem o governante, ao intervir na sessão pública de apresentação de resultados de um inquérito à população sobre a saúde em Portugal, que teve lugar na Ordem dos Médicos, em Lisboa. Ainda segundo o secretário de Estado, a medida “não tinha sido publicitada" uma vez que, do ponto de vista operacional e logístico, “é sempre um processo complexo”, para afiançar que, até final da semana, seria divulgada uma orientação.
“Valores de universalidade”
A Direção-Geral da Saúde enfatiza que o plano de vacinação contra a Covid-19 “assenta em valores de universalidade, gratuitidade, aceitabilidade e exequibilidade”, tendo por objetivo salvar vidas, através da redução da mortalidade, dos internamentos e dos surtos, sobretudo nas populações mais vulneráveis, a par de preservar a resistência dos sistemas de saúde, de resposta à pandemia e do Estado e de atenuar os respetivos impactos económico e social.Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.180 pessoas e registaram-se 1.092.666 casos de infeção pelo vírus que provoca a Covid-19.
Outras duas normas referentes às vacinas da Moderna e da Pfizer foram atualizadas: para a da Moderna – Spikevax - , a DGS aponta os 12 anos como idade mínima, com intervalo recomendado de 28 dias; a da Pfizer – Comirnaty - foi aprovada na União Europeia em pessoas com idade igual ou superior a 12 anos e o intervalo entre as duas doses primárias é de 21 a 28 dias.
A posição da Liga dos Bombeiros
Também na quarta-feira, a Liga dos Bombeiros veio reivindicar, em comunicado, o reforço da vacinação para os bombeiros com a terceira dose: “A Liga dos Bombeiros Portugueses defende o reforço das vacinas contra a Covid-19 inoculadas nos bombeiros com uma nova dose que permita salvaguardar a saúde e a garantia de níveis apreciáveis de imunidade".
A instituição assinalou que o reforço vacinal para os bombeiros decorre da proposta por parte da Ordem dos Médicos que exortou o Governo a administrar a terceira dose da vacina aos profissionais de saúde.