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Detidos alegados responsáveis por incêndio que matou uma pessoa no Porto

por RTP
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A Polícia Judiciária identificou e deteve os presumíveis autores de dois incêndios num prédio na baixa do Porto que provocou a morte a um dos residentes. Os detidos têm idades entre os 20 e os 40 anos. Dois têm nacionalidades portuguesa, com antecedentes criminais, o outro, sabe a RTP, é um cidadão chinês.

Em comunicado enviado às redações, a Polícia Judiciária informa que "através da Diretoria do Norte, no âmbito de inquérito titulado pelo Ministério Público, DIAP do Porto, identificou e deteve, fora de flagrante delito, os presumíveis autores de dois incêndios dolosos ateados numa residência integrante de um prédio, sito na baixa do Porto".

De acordo com a PJ os fogos terão sido provocados pelos detidos "com recurso a um produto acelerante de combustão, em duas datas distintas, tendo o segundo assumido proporções muito graves". Um dos residentes morreu na sequência do incêndio.

Descreve a PJ que "na madrugada do dia 2 de março de 2019, os detidos terão provocado a ignição, em três pontos distintos das escadas, painéis e suportes em madeira de acesso ao terceiro andar, do prédio onde vivia uma octogenária com os seus filhos, vindo a provocar a morte de um deles. Dias antes, os mesmos autores já teriam provocado uma ignição no mesmo prédio, contudo esta não teve desenvolvimento, por razões alheias à sua vontade".

O fogo provocou a morte de um dos inquilinos e ferimentos e intoxicação por inalação de fumo em vizinhos. "A residência ficou destruída e a estrutura do edifício, à data em trabalhos de requalificação, ficou seriamente danificada e, não fora a pronta intervenção dos Bombeiros Sapadores do Porto, poderia ter provocado a destruição dos prédios confinantes, de natureza comercial e habitacional", lê-se no comunicado enviado às redações. "Desde a data dos factos e após inúmeras diligências de investigação, que incluíram várias inspeções realizadas por peritos de incêndios, a Polícia Judiciária coligiu matéria probatória que conduziu às detenções, buscas e apreensão de diversos bens e equipamentos relacionados com estes factos".

Os detidos "vão ser presentes à competente autoridade judiciária, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas".
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