A Polícia Judiciária deteve um homem que alegadamente planeava um ataque contra o presidente da República. O suspeito exigia um milhão de euros para não matar Marcelo Rebelo de Sousa.
Referindo-se aos factos que remontam a 26 de outubro, as autoridades indicam que houve "ameaças de morte e tentativa de extorsão", através de uma carta ao presidente da República, na qual estava ainda "uma munição de arma de fogo".
"Uma aturada investigação por parte da Unidade Nacional Contra Terrorismo, permitiu chegar à identificação do presumível autor da prática dos mencionados crimes, tendo nesta data sido realizada uma busca à residência deste, e a apreensão de vários elementos de prova".
Desta forma, o suspeito que possui "vastos antecedentes criminais, será sujeito a primeiro interrogatório judicial tendo em vista a aplicação de medidas de coação".
Foi necessário proceder a várias diligências para se conseguir chegar a este indivíduo. Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu à informação sobre a detenção do suspeito.Não foi a primeira-vez que o presidente da República foi ameaçado.
"A maior intensidade de ameaças foi em 2017, na altura dos fogos", contou aos jornalistas.
Referindo-se a este caso, que remonta a outubro passado, Marcelo Rebelo de Sousa disse que só soube mais tarde da carta e que "não teria um milhão de euros".
"Não acompanhei mais o processo", explicou o presidente, acrescentando que desvalorizou por ser uma ameaça particular onde era identificado um número de telefone e uma conta bancária.
"Não era uma ameaça política, era um pedido de dinheiro", frisou ainda.
“Quem anda nesta vida e eu já ando há 30 anos tem disto enfim às dezenas (…). Acontece, eu não dou grande importância”, disse.
O chefe de Estado referiu que este tipo de situações acontece espaçadamente, nunca se tendo confirmado qualquer gravidade.
“Isto acontece espaçadamente nunca se veio a confirmar qualquer gravidade da situação. Normalmente há o caso da perturbação ou nem é possível investigar o que se trata porque são cartas anónimas e, portanto, aqui também não porque estava fora. Estando fora os serviços entenderam comunicar à Policia Judiciária”, afirmou.