Em conferência de imprensa, os advogados de defesa do antigo líder do BES vieram dizer que "Ricardo Salgado não praticou qualquer crime", argumentando que a acusação quanto a ele é "totalmente infundada". Para a defesa, Ricardo Salgado foi usado como "uma espécie de boia de salvação para um processo que se estava a afogar nas suas múltiplas teses contraditórias". A acusação do Ministério Público sobre a Operação Marquês foi conhecida esta quarta-feira. O antigo líder do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado está acusado de 21 crimes.
O advogado Francisco Proença de Carvalho quis frisar que este caso ficará na história como o mais grave em relação à violação dos direitos e garantias dos cidadãos, referindo-se às sucessivas violações do segredo de justiça, que foram acontecendo ao longo dos quatros anos de investigação.
Ricardo Salgado esteve presente na conferência de imprensa, ao lado dos advogados, mas não prestou qualquer tipo de declarações. A própria conferência de imprensa decorreu sem direito a perguntas dos jornalistas.
A defesa disse ainda que Ricardo Salgado “levará até às últimas consequências a sua defesa”, garantindo que Salgado "não se deixará esmagar". Francisco Proença de Carvalho disse que o seu constituinte “foi a boia de salvação de um processo que se estava a afogar nas suas múltiplas teses contraditórias”.
O Ministério Público acusa o antigo líder do BES de 21 crimes: um de corrupção ativa de titular de cargo político, dois de corrupção ativa, nove de branqueamento de capitais, três de abuso de confiança, três de falsificação de documento e três de fraude fiscal qualificada.
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