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Dados de ativistas. Medina pede desculpas públicas por "erro lamentável"

por RTP

O presidente da Câmara de Lisboa pede desculpas públicas depois da autarquia ter enviado para a Rússia dados de manifestantes russos anti-Putin: nomes, moradas e contactos. Fernando Medina lamenta o erro que atribui aos serviços e ao procedimento burocrático que tem vindo a ser aplicado desde 2011 nas manifestações, mas que neste caso "não devia ter acontecido".

"Quero fazer um pedido de desculpas público aos promotores da manifestação em defesa dos direitos de Navalny, da mesma forma que já o fiz à promotora da manifestação. Quero assumir esse pedido de desculpas público por um erro a todos os títulos lamentável da Câmara de Lisboa", disse Fernando Medina numa conferência de imprensa sobre envio à Rússia de dados pessoais de três ativistas russos.

O autarca considerou que este "erro não podia ter acontecido em que dados de natureza pessoal foram transmitidos para a embaixada".

Para Fernando Medina, esta situação não devia ter acontecido "porque Lisboa tem orgulho em ser um espaço de liberdade, segurança, de expressão e valorização dos direitos humanos, do direito à manifestação que tanto custou a conquistar".

A Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.

A situação já fez com que fossem alterados os procedimentos internos em casos de manifestações, garantiu a autarquia em comunicado emitido esta manhã. Medina diz mesmo que vai dar indicações que não se deverão ser facultados a ninguém dados dos promotores de manifestações, exceção feita à PSP.

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