Criminalidade violenta aumentou nos primeiros seis meses do ano

por RTP
Uma carrinha de transporte de valores foi assaltada na A2 com recurso a explosivos RTP

A criminalidade violenta aumentou entre 10 a 20 por cento nos primeiros seis meses deste ano relativamente a igual período de 2007. Leonel de Carvalho, director do Gabinete Coordenador de Segurança, confirma também “uma subida de 50 por cento no crime de carjacking”.

“Temos dados concretos que indicam que a criminalidade geral, total dos vários crimes, fica aquém do aumento de 10 por cento”, afirmou o tenente-general Leonel Carvalho à Antena 1. “Quanto à criminalidade violenta e grave o aumento foi superior aos 10 por cento, ficando muito aquém dos 20 por cento”, acrescentou.

Segundo o director do Gabinete Coordenador de Segurança a criminalidade violenta representa “seis a seis e meio por cento do total da criminalidade”, o que representa “uns poucos milhares de crimes”.

Este aumento da criminalidade “está muito longe, mesmo muito aquém daquilo que tem sido referido pelos órgão de comunicação social”, referiu.

Leonel de Carvalho, não quantificou o total de crimes ou de crimes violentos, mas revela que “o aumento da criminalidade violenta se reporta sobretudo a assaltos a bancos, a carros e postos de combustível”.

O director do Gabinete Coordenador de Segurança referiu ainda que os números da criminalidade dos primeiros seis meses do ano estão a ser comparados com os do mesmo período de 2007, que foi “o melhor ano dos últimos anos”.

Pinto Monteiro vai apresentar medidas de combate ao crime

O Procurador-Geral da República (PGR) vai apresentar hoje à tarde um pacote de medidas de combate ao crime. Pinto Monteiro vai apresentar “sugestões para melhorar a criminalidade especialmente a violenta”.

Esta nota com sugestões surge depois de uma reunião entre o Procurador Geral da República e o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, onde acertaram a criação de equipas especiais, a criar pelo Ministério Público, nos Departamentos de Investigação e Acção Penal (DIAP), que vão trabalhar em coordenação com elementos de ligação à PSP, GNR e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Na nota, a divulgar hoje, o PGR deverá apelar aos juízes para o aumento do uso da prisão preventiva.
PUB