Crimes contra GNR aumentaram 38% nos oito primeiros meses do ano

por Lusa

Os crimes contra a Guarda Nacional Republicana (GNR) registados até agosto aumentaram 38% face ao mesmo período de 2022, contabilizando-se três ocorrências diárias e um total de 168 militares feridos, foi hoje revelado.

A GNR e Polícia de Segurança Pública (PSP) apresentaram hoje, no Porto, os resultados operacionais entre 01 de janeiro e 31 de agosto deste ano, período em que se registou um aumento geral da criminalidade, resultado também, dizem, de uma maior proatividade das duas forças policiais.

De acordo com os dados divulgados pelo diretor de Operação da GNR, Mário Guedelha, os crimes contra a guarda aumentaram 38%, "o que resulta em três crimes por dia e 168 militares feridos".

Até 31 de agosto foram contabilizados 838 crimes, mais 234 do que em igual período do ano passado.

Já a criminalidade geral registou um crescimento de 8% nos primeiros oito meses do ano, contabilizando até 31 de agosto um total de 111.050 crimes.

Também a criminalidade grupal (+35%) e delinquência juvenil (+0,3%) registada pela GNR aumentaram entre janeiro e agosto deste ano face ao mesmo período de 2022, bem como os crimes relacionados com droga (+36%) e os crimes de violência doméstica (+4%).

Em sentido oposto, os crimes de incêndio florestal caíram 26%.

Naquele período, a força policial viu ainda crescer em 10% a sinistralidade rodoviária, registando até 31 de agosto 278 mortos (+2%) e 1.281 feridos graves (+4%).

As contraordenações por influência do álcool também subiram 15%, enquanto as infrações por excesso de velocidade diminuíram 10%.

Na área de atuação da PSP, a criminalidade geral aumentou 9,5% face ao mesmo período de 2022, ao registar mais 10 177 crimes.

De acordo com a PSP, a criminalidade violenta e grave também aumentou 4,8% (mais 286 crimes) em relação ao período homologo de 2022 e uma subida de 1,8% (mais 44) dos crimes de delinquência grupal e de 15,7% (mais 57) dos crimes relacionados com a delinquência juvenil.

Segundo o Pedro Moura, da direção nacional da PSP, até agosto, os crimes que mais subiram foram o tráfico de estupefacientes (mais 646) e outros relacionados com esta atividade (mais 324), tendo, neste âmbito, sido concretizadas 6.366 apreensões (mais 26%) e 3.715 detenções (mais 37%).

A PSP aumentou ainda em 7,5% o número de detenções (+1.321) e em 3,2% os crimes detetados no âmbito da proatividade policial.

No que respeita à violência doméstica, contabilizam-se 18 casos mortais, 10.567 denúncias (menos 0,2%) e 639 detidos.

 

 

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