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Covid-19. Aumento de 122% em UCI e 0,8% em óbitos

por RTP
Lusa

No último mês, Portugal registou mais de 58 mil novos casos de infeção, período em que os internamentos em cuidados intensivos aumentaram 122 por cento, mas com o número de mortes a ter um crescimento de apenas de 0,8 por cento.

A 14 de junho, o país tinha 858.072 casos confirmados de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, mas os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam que quarta-feira, véspera do Conselho de Ministros de hoje de avaliação da pandemia, já tinham sido notificadas 916.559 casos, o que representa um aumento de 6,8 por cento no espaço de um mês.

Lisboa e Vale do Tejo foi a região do onde se verificou mais infeções no último mês, com quase 32 mil. No entanto, foi o Algarve que registou o maior aumento percentual de casos de Covid-19, com 24 por cento, passando dos 22.653 para os 28.205.


A 14 de junho, Lisboa e Vale do Tejo registava um total 326.412 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, número que aumentou para os 358.162 registados na quarta-feira, o equivalente a mais 9,7 por cento nesse período.

Durante o último mês, o Norte deixou de ser a região do país com mais casos de infeção registados desde o início da pandemia, uma liderança que passou a ser assumida por Lisboa e Vale do Tejo, com uma diferença de pouco menos de dois mil casos.


Segundo os dados da DGS, entre 14 de junho e 14 de julho, o número de infeções no Norte aumentou 4 por cento, passando de 342.464 para os 356.182.
Relativamente às restantes regiões, os casos confirmados também aumentaram 4 por cento no Centro (de 120.517 para 125.267) no prazo de um mês, 5 por cento no Alentejo (de 30.438 para 31.980), 14,5 por cento nos Açores (de 5.799 para 6.640) e 3,4 por cento na Madeira (de 9.789 para 10.123).

No que se refere aos casos ativos no país, aumentaram de 25.403 para os atuais 47.108, o que representa um crescimento de 85 por cento.

Apesar de muito distante dos números do início do ano, a evolução da pandemia no último mês também se reflete na pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, com um crescimento de 115 por cento nos internamentos (de 340 a 14 de junho para 734 a 14 de julho) e de 122 por cento nos cuidados intensivos (de 77 para 171 na quarta-feira).As linhas vermelhas de controlo da pandemia estabelecidas por diversos especialistas preveem 245 camas em cuidados intensivos como o valor crítico para Portugal continental, apontando para uma distribuição regional de 85 camas no Norte, de 56 no Centro, de 84 em Lisboa e Vale do Tejo, de 10 no Alentejo e de 10 no Algarve.

Tendo em conta os 171 doentes que estavam em cuidados intensivos na quarta-feira, Portugal continental atingiu os 69,7 por cento do limiar definido como crítico de 245 camas ocupadas, quando, a 16 de junho, este valor estava nos 36 por cento, o que representava 88 internados nessas unidades.

Apesar desta maior pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, e ao contrário de outras vagas, o número de óbitos registou apenas um ligeiro aumento de 0,8 por cento, com mais 135 mortes no período em análise para um total de 17.182 desde o início da pandemia em Portugal.

A evolução negativa da pandemia no último mês é também evidente nos indicadores que compõe a matriz de risco, que passou do quadrante laranja para o vermelho, com a taxa de incidência de novos casos de infeção a aumentar de 83,4 para os 346,5 no território continental em cerca de trinta dias.

Já o índice de transmissibilidade - que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa com o vírus - passou no continente de 1,10 para os 1,15, acima do limite estabelecido de 1.

O ritmo de administração de vacinas também acelerou no último mês, passando de 42 por cento para 60 por cento da população com a primeira dose (de cerca de 4,3 milhões para 6,2 milhões de pessoas), enquanto o número de utentes que concluíram a vacinação subiu dos 25 por cento para os 42 por cento (de cerca de 2,5 milhões para 4,3 milhões).

As pessoas entre os 50 e 64 anos e entre os 25 e os 49 anos foram as faixas etárias com crescimentos mais significativos de inoculações desde 13 de junho, passando de 69 por cento para os 90 por cento e dos 19 por cento para os 57 por cento com a primeira dose, respetivamente.

c/Lusa
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