Covid-19. António Costa admite barrar entrada de viajantes do Brasil
O primeiro-ministro admitiu que Portugal poderá vetar a entrada de cidadãos provenientes do Brasil, caso seja essa a determinação da Agência de Prevenção de Doenças da União Europeia face à pandemia de covid-19.
"Não é a decisão de nenhum Governo. (A lista de países barrados) será fixada pela Agência Europeia de Prevenção da doença em função da situação epidemiológica em cada um dos países. Vai-se analisar se a Europa vai abrir a fronteira a pessoas oriundas desses países. Nós aguardamos que a agência fixe os critérios", acrescentou o primeiro-ministro.
As declarações de Costa foram proferidas no dia em que parte da Europa começou a reabrir as suas fronteiras internas. A lista de nações que terão a entrada da União Europeia vetada ainda não foi divulgada, mas será baseada na situação epidemiológica do país face ao novo coronavírus.
O Brasil totaliza 43.332 óbitos e 867.624 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, que chegou ao país sul-americano no final de fevereiro.
"Aquilo que desejamos é que um país-irmão como o Brasil rapidamente possa recuperar a sua situação epidemiológica e consiga preencher todos os critérios (para entrada na União Europeia)”, acrescentou Costa.
O Governo português prolongou até ao final do mês a proibição de voos de e para países fora da União Europeia, no âmbito das medidas de contenção de propagação da covid-19, segundo um despacho publicado em Diário da República.
Relativamente aos países de expressão portuguesa, o diploma salvaguarda que no caso do Brasil apenas serão admitidos os voos provenientes de e com destino a São Paulo e Rio de Janeiro.
Já o Governo brasileiro proibiu a entrada de estrangeiros no Brasil por 30 dias, até 22 de junho.