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Conselho Europeu valorizou "lapsos" sobre currículo de José Guerra

por RTP
Francista Van Dunem esteve no Parlamento para falar sobre o caso "José Guerra" António Cotrim - Lusa

O primeiro-ministro garantiu que "lapsos são irrelevantes". Mas um documento do Conselho da União Europeia, de 7 de outubro do ano passado, prova que "lapsos" fazem parte da fundamentação para preterir a primeira classificada pelo júri internacional, Ana Carla Almeida.

A RTP teve acesso a um documento do Conselho da União Europeia que demonstra que a decisão de nomear José Guerra para procurador europeu foi fundamentada na carta com "lapsos" enviada pelo Ministério da Justiça.

O Conselho Europeu invoca dois dos três erros para justificar que José Guerra tem mais experiência operacional e uma carreira internacional que o tornavam o candidato mais adequado ao cargo.

José Guerra mantém-se em funções desde julho de 2020.

A ministra da Justiça e o primeiro-ministro assumiram os lapsos, mas garantiram que os mesmos foram irrelevantes para a tomada de decisão do Conselho da União Europeia.

O grupo de académicos internacionais que tem acompanhado o caso não tem dúvidas: este documento é a prova cabal de que o Conselho da União europeia não seguiu a escolha do júri internacional porque valorizou os "lapsos" que o Governo português lhe fez chegar sobre o currículo de José Guerra.
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