Conferência Episcopal discute indemnizações às vítimas de abusos sexuais

por João Vasco

Markus Spiske - Unsplash

As compensações financeiras às vítimas de abusos no seio da Igreja Católica são tema central da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorre até quinta-feira em Fátima.

O tema tem estado na ordem do dia desde que, em abril, e após meses de debate, a Conferência Episcopal aprovou a criação de um fundo, “com contributo solidário de todas as dioceses”, para compensar financeiramente as vítimas de abuso sexual no seio da Igreja Católica em Portugal.

O processo assenta na apresentação dos pedidos de compensação até dezembro de 2024. Os pedidos devem ser feitos ao Grupo VITA – criado pela Conferência Episcopal na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, que validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas - ou às comissões diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.

A coordenadora do Grupo VITA, psicóloga Rute Agulhas, refere à Antena1 que o número de 53 pedidos de indemnização recebidos até ao momento deverá ficar desatualizado em breve e defende que os montantes de cada indemnização devem ser definidos "caso a caso".

Uma opinião que contrasta com a de António Grosso, da Associação Coração Silenciado.

(Com Lusa)
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