O médico Aliesky Valdes, condenado por violação de cinco mulheres em Ponta Delgada, foi expulso da Ordem dos Médicos. O clínico cubano permanece em liberdade, com paradeiro incerto. Foi condenado há nove meses a cinco anos e meio de prisão preventiva.
O primeiro crime remonta a agosto de 2016, três meses após Aliesky Valdes ter começado a trabalhar nas urgências do Hospital de Ponta Delgada, nos Açores. Após a queixa da doente, o médico cubano foi detido. Ficou proibido de viajar e sem passaporte. Manuela Sousa, Lavínia Leal, Fernando Andrade - RTP
Contudo, não houve qualquer medida, nem de coação, nem da parte da unidade hospitalar que o impedisse de continuar a exercer. E os crimes sucederam-se.Condenado a seis anos, Aliesky Valdes viu a pena reduzida em seis meses pelo Tribunal da Relação.
Às vítimas que apresentavam sintomas de febre, dores nos ouvidos, nos braços ou na garganta, o médico pedia que se despissem e fazia exames que implicavam apalpação do peito e toques vaginais.
Em março de 2019, a sentença transitou em julgado. Posteriormente, em abril, a Ordem dos Médicos suspenderia o médico por seis meses. Fica de ora em diante proibido de exercer medicina em Portugal.