O combate às chamas na Madeira entrou no nono dia. Conta a partir desta quinta-feira com dois aviões Canadair de Espanha. Os aparelhos já estão a combater as chamas na ilha. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
O combate às chamas na Madeira entrou no nono dia. Conta a partir desta quinta-feira com dois aviões Canadair de Espanha. Os aparelhos já estão a combater as chamas na ilha. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
Foto: Homem de Gouveia - Lusa
Foto: Paulo Almada - RTP
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas garante que a área de floresta Laurissilva destruída no incêndio na Madeira é residual.
A área ardida no incêndio rural que lavra na ilha da Madeira atingiu hoje ao final da manhã os 5.002,4 hectares, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Copernicus).
A atualização foi divulgada pela agência europeia pouco depois das 22:30 e reporta-se aos dados recolhidos até cerca das 12:00 de hoje, o nono dia deste fogo.
O anterior balanço divulgado pela mesma entidade, com o ponto de situação até às 12:00 de quarta-feira, indicava que tinham ardido 4.937,6 hectares.
Na terça-feira, em declarações à Lusa, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), António Nunes, questionado sobre os números avançados na segunda-feira pelo secretário regional da tutela -- que apontavam para sete mil hectares ardidos -- explicou que a "confusão deriva de uma avaliação feita pelos limites externos da área ardida".
No interior dessa área, referiu, "existem muitas bolhas de vegetação que não arderam".
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou há uma semana, em 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. Entretanto, vários focos têm sido extintos.
Num ponto de situação relativo às 21:00, o SRPC indicou que o fogo estava ativo no Pico Ruivo e no Pico do Gato, na cordilheira central da ilha, e no concelho da Ponta do Sol.
Nestes nove dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, já disse tratar-se de fogo posto.
O incêndio que lavra na Madeira continua ativo no Pico Ruivo e no Pico do Gato, na cordilheira central da ilha, e no concelho da Ponta do Sol, indicou hoje à noite o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC).
Numa nota com o ponto de situação do incêndio relativo às 21:00, o SRPC informa que estão no terreno "mais de 120 operacionais e mais de uma dezena de meios [veículos], de todos os corpos de bombeiros" da região, assim como dos Açores e da Força Especial de Proteção Civil proveniente do continente.
Durante a tarde de hoje os dois aviões Canadair pedidos pelo Governo português à União Europeia já efetuaram descargas sobre os fogos que lavram na Madeira, complementando a ação do helicóptero do SRPC, o único meio aéreo de que o arquipélago da Madeira dispõe.
Estes dois meios aéreos, disponibilizados ao abrigo da ativação do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, chegaram hoje à ilha do Porto Santo, onde abasteceram, e deslocaram-se depois para a ilha da Madeira para combater as chamas.
"Os aviões Canadair concentraram a sua atuação no combate ao incêndio existente na cordilheira central e efetuaram oito descargas com impacto positivo na redução da intensidade do fogo", salienta o serviço regional.
"Além disso, só no dia hoje, o helicóptero realizou 35 descargas, focando-se principalmente nas áreas de mais difícil acesso e de maior risco de propagação, nos dois teatros de operações", acrescenta.
No concelho da Ponta do Sol, "o incêndio mantém-se confinado às zonas altas, longe de áreas habitacionais, e os operacionais no terreno continuam com o objetivo de conter a propagação do fogo e defender as habitações".
O SRPC assegura ainda que "continua a monitorizar a situação e coordena os esforços para maximizar a eficácia do combate, garantindo a segurança das populações e das equipas no terreno".
O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. Em vários pontos foi, entretanto, sendo extinto.
As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
Na Ponta do Sol, o fogo não dá tréguas e permanecem dois focos de incêndio, um na zona das Rabaças e outro na Lombada. A RTP falou com alguns dos habitantes, que se revelaram preocupados.
A RTP falou com António Nunes, presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, que fez um ponto da situação do incêndio na Madeira. Das três frentes ativas, a da Ponta do Sol está a progredir.
Foto: Luís Miguel Costa - RTP
Já começaram a atuar os Canadair enviados para ajudar no combate aos incêndios na Madeira. Os dois aparelhos foram solicitados pelo Governo português à União Europeia, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Foto: Homem de Gouveia - Lusa
Os dois aviões Canadair espanhóis já estão a combater o incêndio na Madeira. Mantêm-se três frentes ativas: Pico Ruivo, Pico das Torres e Ponta do Sol.
O antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita relembrou, em entrevista à RTP, que em Portugal, a partir de 2017, foi reforçada uma cultura de cooperação e de Proteção Civil.
Os dois aviões Canadair pedidos pelo Governo português à União Europeia já efetuaram hoje descargas de água sobre o incêndio que lavra na cordilheira central da Madeira e a operação deverá continuar até anoitecer.
"Esta é uma forma que nós entendemos que é eficaz, neste momento, para tentar debelar aqui esta frente de fogo e se conseguirmos debelar esta frente de fogo o assunto fica solucionado", disse o presidente do Governo Regional (PSD), Miguel Albuquerque, pouco depois dos primeiros despejos, cerca das 17:30.
Albuquerque falava aos jornalistas no Pico do Areeiro, nas montanhas sobranceiras ao Funchal, frente a uma linha de fogo que lavra numa encosta em direção ao Pico Ruivo, o ponto mais alto da ilha da Madeira, com 1.862 metros.
"Este despejo agora destes dois Canadair foi cerca de sete toneladas de água. O nosso helicóptero leva menos de mil litros, portanto são sete viagens de helicóptero", salientou, mostrando-se convicto de que será possível debelar o incêndio se a operação continuar hoje e sexta-feira.
O helicóptero do arquipélago é o único meio aéreo que a região tem em permanência para o combate aos fogos e está no ativo desde 2018.
Apesar de os aviões Canadair terem sido disponibilizados oito dias após o início do incêndio (e terem começado a atuar hoje, nono dia), no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, Miguel Albuquerque considera que a "estratégia não tardou".
"Nós adotamos esta estratégia quando é possível adotar a estratégia, ou seja, os Canadair só podem intervir -- e é a primeira vez que intervêm na Madeira -- numa situação onde não há aglomerados urbanos, nem agricultura [...] e a única hipótese que nós temos para [essa] intervenção foi quando o fogo saiu do Pico do Cardo [no Curral das Freiras] para a cordilheira central", explicou.
Célia Pessegueiro, presidente da Câmara da Ponta do Sol, explicou à RTP que há um novo foco de incêndio num terreno baldio numa área de mato. Foi preciso deslocar a equipa que estava de prevenção para este novo foco.
Os aviões Canadair da Força Aérea espanhola devem começar a operar na Madeira por volta das 16h30.
The EU stands with Portugal as it battles a wildfire in Madeira.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 22, 2024
Two #rescEU firefighting planes from Spain have just arrived in Madeira.
The Copernicus emergency satellite system has also been activated for rapid fire mapping.
This is #EUSolidarity in action. pic.twitter.com/UPI6xv2WC4
Um helicóptero lança água sobre as chamas no Pico Ruivo, o ponto mais alto da Madeira, no concelho de SantanaO incêndio na ilha deflagrou a 14 de agosto, nas montanhas da Ribeira Brava, espalhando-se gradualmente pelos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
Homem de Gouveia - Lusa
No sítio da Terra Chã, em Curral das Freiras, onde algumas pessoas tiveram de abandonar as casas e os animais por causa das chamas, já se fazem as contas aos prejuízos.
Homem de Gouveia - Lusa
A delegação da Madeira do Sindicato de Jornalistas denuncia o que diz ser um clima de pressões e restrições que estão a prejudicar a atividade dos profissionais que fazem a cobertura ao incêndio na Madeira.
Foto: Paulo Almada - RTP
A Quercus não tem dúvidas de que a floresta Laurissilva está a ser afetada pelo incêndio que perdura há já nove dias e acusa o Governo Regional de desvalorizar as espécies que o fogo está a destruir.
Foto: Homem de Gouveia - Lusa
O incêndio na Madeira agravou-se na última noite. No Pico das Torres, as chamas destroem uma encosta inacessível aos operacionais.
Já chegaram ao Aeroporto de Porto Santo os dois aviões Canadair para ajudar no combate aos incêndios na Madeira. Se as condições meteorológicas permitirem, começam a atuar durante a tarde na cordilheira central da ilha.
Foto: Luís Miguel Costa - RTP
O uso de aviões Canadair na Madeira é uma grande incógnita, diz Duarte Caldeira, presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil.
In response to Portugal's request for assistance in combating heavy #wildfires in #Madeira from yesterday evening, we are coordinating the deployment of two #rescEU firefighting planes from Spain.
— Janez Lenarčič (@JanezLenarcic) August 22, 2024
The planes will reach Madeira shortly today.
🇵🇹🇪🇸🇪🇺 #EUCivilProtectionMechanism pic.twitter.com/bg6VzpVbzx
Olivier Hoslet - AFP
O antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita critica a atitude de Miguel Albuquerque durante o combate ao fogo na Madeira.
Robert Harding - AFP
A projeção internacional da notícia do incêndio na Madeira não está a levar a cancelamento de reservas na hotelaria madeirense. A garantia foi dada à Antena 1 pelo secretário regional de Economia, Turismo e Cultura, que nega informações de que esteja a haver cancelamentos.
O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil referiu que os aviões Canadair mobilizados para o incêndio na Madeira "podem dar um suporte muito grande às equipas de terra" e "vão permitir ter um combate mais seguro". Em entrevista à RTP, Duarte Costa disse ainda que nunca tira férias no verão "porque pode haver sempre o risco de incêndio".
Portugal pediu ajuda à Europa para combater os incêndios na Madeira. Ao oitavo dia foi ativado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Foto: Paulo Almada - RTP
No Pico Ruivo, os operacionais estão a criar faixas de contenção na base da cordilheira para evitar que as chamas cheguem perto da central hidroelétrica.
Mais de uma centena de operacionais combatiam um incêndio em Arcos de Valdevez cerca das 00h00 de quinta-feira.