Ao final da tarde desta terça-feira, seis dias depois de ter deflagrado, o incêndio na Madeira continuava a lavrar em "dois teatros de operações", tendo chegado ao Pico do Areeiro. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
Ao final da tarde desta terça-feira, seis dias depois de ter deflagrado, o incêndio na Madeira continuava a lavrar em "dois teatros de operações", tendo chegado ao Pico do Areeiro. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
Foto: Paulo Almada - RTP
Foto: Paulo Almada - RTP
Sábado vai haver fogo em Machico. É dia da tradicional queima dos fachos que marca o inicio da festa do Santíssimo Sacramento.
Na Fajã dos Cardos, no Curral das Freiras, há calma mas também atenção. As chamas já chegaram à freguesia da Boa Ventura, no concelho de São Vicente.
Foto: Homem de Gouveia - Lusa
O PS da Madeira quer uma comissão de inquérito parlamentar aos incêndios na região.
Foto: Paulo Jerónimo - RTP (arquivo)
O governo de Lisboa admite avaliar um segundo meio aéreo na região autónoma da Madeira.
Foto: RTP Madeira
Na Madeira, os habitantes da Fajã das Galinhas foram obrigados a sair de casa no sábado e ainda não sabem quando podem voltar.
O fogo na Madeira já chegou ao Pico do Areeiro. O incêndio está a subir aos pontos mais altos da ilha, com quatro frentes ativas.
O incêndio que lavra na Madeira desde quarta-feira continua ativo hoje à tarde e mantinha, às 17:00, "dois teatros de operações", localizados nas freguesias da Serra de Água e do Curral das Freiras, indicou o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC).
Na Ponta do Sol, há quem vá fazendo a limpeza dos terrenos em redor das habitações. Ao fim de quase uma semana de incêndio, os moradores relatam grande cansaço com o combate às chamas e o estado de alerta.
O Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza da Madeira realça que ninguém está a deixar arder as serras da região. Manuel Filipe, presidente do instituto, diz que há zonas às quais é impossível os operacionais conseguirem chegar.
Cláudia Dias Ferreira, coordenadora do Municipal do Serviço da Proteção Civil da Porta do Sol, adiantou que há dois pontos de fogo nesta frente.
O líder dos socialistas insulares, Paulo Cafôfo, considera que há responsabilidades políticas do Governo Regional de Miguel Albuquerque que devem ser apuradas.
Foto: Paulo Domingos Lourenço - RTP
A Proteção Civil acredita que o facto de o Executivo nacional e a ilha serem da "mesma cor política" pode trazer vantagens. A ministra da Administração Interna diz, por seu turno, que essa possibilidade vai ser estudada.
Foto: netmadeira.com/via Reuters
O Sítio da Furna foi evacuado ao início da noite de segunda-feira, por precaução, apesar da resistência da população.
Foto: Homem de Gouveia - Lusa
O incêndio na Madeira continua a avançar em áreas de difícil acesso, onde o combate às chamas é praticamente impossível. Não há, todavia, habitações em perigo.
Foto: Paulo Domingos Lourenço - RTP
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, não exclui a possibilidade de posicionar um segundo meio aéreo de combate a incêndios, de forma permanente, na Madeira.
Homem de Gouveia - Lusa
A Madeira não está a fazer o trabalho de casa na prevenção dos incêndios, alega o engenheiro florestal Paulo Fernandes. O também professor na universidade de Trás-os-Montes refere que este arquipélago apresenta um atraso em relação ao continente de quase 20 anos, dadas as caraterísticas do terreno.
Homem de Gouveia - Lusa
O presidente do Parlamento regional da Madeira considera que Miguel Albuquerque deve dar explicações políticas sobre o incêndio na ilha, mas só depois de estarem concluídas as operações para acabar com este fogo.
Foto: Homem de Gouveia - Lusa
As chamas continuavam, na última noite, a avançar na Madeira. Os concelhos de Ribeira Brava e Ponta do Sol são os mais fustigados e um reacendimento no Curral das Freiras, ao início da tarde de segunda-feira, obrigou à mobilização de meios.
A ilha da Madeira apresenta hoje um perigo máximo e muito elevado de incêndio rural em algumas regiões, segundo o IPMA, que colocou as costas norte e sul e as regiões montanhosas sob aviso amarelo devido ao tempo quente.
A Madeira vai continuar com zonas em perigo máximo e muito elevado de incêndio durante os próximos dias, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A ilha da Madeira, onde um incêndio rural está a lavrar há seis dias, e o Porto Santo estão até às 18:00 de hoje sob aviso meteorológico amarelo, o menos grave, devido às previsões de tempo quente.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
O IPMA prevê para hoje no arquipélago períodos de céu muito nublado e possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte, terras altas das ilhas da Madeira e do Porto Santo até ao início da manhã.
A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado de nordeste, soprando moderado a forte nas terras altas e nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, por vezes com rajadas até 60 quilómetros por hora.
No Funchal as temperaturas vão oscilar entre os 22 e os 28 graus Celsius e no Porto Santo entre os 22 e os 27.
O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.
Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
Ao início da noite de segunda-feira, o fogo mantinha duas frentes ativas, na Encumeada (Ribeira Brava) e no Paul da Serra (Ponta do Sol), o que levou à retirada de cerca de 60 pessoas da Furna (Ribeira Brava), a ser transportadas para o pavilhão desportivo do município.
No terreno encontravam-se mais de 40 veículos de combate a incêndios e mais de 150 bombeiros madeirenses, dos Açores e da Força Operacional Conjunta da Proteção Civil, proveniente do continente, assim como o meio aéreo do Serviço Regional de Proteção Civil, além de operacionais de outros organismos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão.
Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para sete mil hectares ardidos desde o início do incêndio.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma tratar-se de fogo posto, mas as causas ainda não foram divulgadas.
Por precaução, as autoridades ordenaram a retirada de 60 pessoas do sitio da Furna, na Ribeira Brava. O incêndio tem neste momento duas frentes ativas.
Em declarações à RTP, Ricardo Nascimento, presidente da câmara da Ribeira Brava, explicou que os habitantes de Sítio das Furnas vão ser retirados como prevenção.
Foto: Paulo Almada - RTP
O fogo na Madeira já provocou mais área ardida do que em todos os incêndios do ano passado, no arquipélago.
Os moradores do Curral das Freiras temem que a intensificação do tempo leve o fogo para junto das habitações. Durante a tarde, o meio aéreo não foi mobilizado para monitorizar este reacendimento.
Hoje foram cancelados três voos na Madeira, mas as operações no aeroporto retomam alguma normalidade.
Foto: Homem de Gouveia - Lusa
O presidente do Governo Regional voltou entretanto de férias para o Porto Santo e só regressa ao Funchal esta quarta-feira para as festas da cidade.