Coimbra e Leiria articulam esforços para apoiar povo ucraniano

por Lusa

As comunidades intermunicipais de Coimbra (CIM RC) e de Leiria (CIMRL) comprometeram-se hoje a articular esforços de coordenação para tornar possível uma maior eficácia no apoio ao povo ucraniano na sequência da invasão da Rússia.

"A CIM RC e CIMRL comprometem-se a articular os esforços de coordenação entre si, que permitam uma maior eficácia no apoio ao povo ucraniano, bem como com as entidades da sociedade civil que se encontram a desenvolver este meritório trabalho", referiram as duas comunidades após a 2.ª cimeira entre as partes, hoje realizada em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra.

Num documento, sublinharam que as duas entidades estão a acompanhar, "com grande preocupação e tristeza, a trágica situação de conflito que se vive na Ucrânia".

"Estamos perante um atentado ao Direito internacional e uma tragédia humanitária com repercussões imprevisíveis que merecem a nossa firme condenação à Federação Russa", lê-se na posição comum das duas CIM, que querem contribuir para o "esforço nacional de solidariedade de bens, serviços e meios de apoio, em especial no acolhimento e integração dos cidadãos ucranianos que venham para Portugal".

O presidente da CIM RC, Emílio Torrão, salientou o empenho comum para que "haja um tratamento igualitário destas situações e estabilização de procedimentos, porque estas pessoas merecem ser tratadas com toda a dignidade".

"São europeus como nós, do século XXI, temos de os tratar como tal", destacou, referindo que os deslocados de guerra devem ser tratados "não de uma forma precária", mas "com grande elevação e grande dignidade, para que os traumas de que vêm com eles sejam minimizados ao máximo e que o acolhimento deles não venha a potenciar ou a agravar esses traumas".

Emílio Torrão, que é também presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, referiu ainda a importância de uniformizar procedimentos no envio de bens para a Ucrânia, para garantir que são recolhidos os que a população precisa.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados das Nações Unidas.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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