O incêndio florestal em Castro Daire, no distrito de Viseu, derradeira ocorrência em curso desde a madrugada desta sexta-feira, foi dado como dominado pelos bombeiros.
Os bombeiros deram entretanto como dominadas as chamas. Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara Municipal de Castro Daire, Paulo Almeida, tratou, todavia, de sublinhar que, embora o incêndio tenha sido dominado, tal não significa a eliminação do perigo: "É verdade que durante a noite as condições meteorológicas e a chuva nos vieram ajudar, mas continua a haver perigo de reacendimentos".
O incêndio em Penalva do Castelo, também no distrito de Viseu, entrou em fase de resolução durante a madrugada. O mesmo aconteceu com o incêndio que deflagrou na freguesia de Alvarenga, na quarta-feira à tarde, em Arouca, concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto.
Em fase de resolução, esta manhã, estavam ainda os dois fogos que deflagraram em Sabroso de Aguiar e em Veria de Jales e Quintã e que haviam apresentado reativações tarde de quinta-feira, em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.Dia de luto nacional
O Governo decretou para esta sexta-feira um dia de luto nacional, em homenagem às vítimas mortais dos incêndios. Morreram sete pessoas e 166 ficaram feridas, devido aos fogos que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.
A ANEPC contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83 por cento da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias esta sexta-feira dia de luto nacional.
c/ Lusa