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Centro de saúde 3 de Viseu vai deixar de ter serviço de atendimento permanente

por Agência LUSA

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) anunciou hoje o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde Viseu 3, alegando não se justificar a sua manutenção.

A decisão foi divulgada numa nota enviada à comunicação social, onde a ARSC dá conta da alteração dos horários de funcionamento dos três centros de saúde de Viseu, "no âmbito do programa de reestruturação dos serviços de saúde".

"O novo horário, que entra em vigor no dia 01 de Junho, passa a ser, de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 22:00, e aos sábados, das 09:00 às 13:00, cessando a actividade do SAP do centro de saúde de Viseu 3", refere o documento.

Segundo a ARSC, a decisão teve em conta o facto de as situações até agora tratadas no SAP do centro de saúde Viseu 3, "na sua generalidade", poderem ser resolvidas pelos médicos de família, "no âmbito da consulta dos utentes dos seus ficheiros ou de consulta suplementar".

"Os eventuais casos urgentes ou emergentes terão adequada resposta nos Serviços de Urgência do Hospital de S. Teotónio, de Viseu, com acessibilidade garantida pela sua proximidade", acrescenta.

Com os novos horários, a ARSC pretende "assegurar aos utentes a máxima acessibilidade aos cuidados de saúde", através do atendimento no próprio dia e marcação de consultas para determinadas horas, "privilegiando o atendimento dos utentes inscritos em lista no seu centro de saúde e pelo seu médico de família".

Segundo a ARSC, a deliberação foi tomada depois de ouvir o coordenador da sub-região de saúde de Viseu, o conselho de administração do hospital e os directores dos respectivos centros de saúde.

A decisão apanhou de surpresa a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde no Distrito de Viseu, que promete "medidas de luta" para evitar o encerramento do SAP do centro de saúde Viseu 3, como disse à agência Lusa a sua porta-voz, Helena Neves.

"Para o Ministério da Saúde, todos os argumentos são válidos para encerrar os SAP, sem ter em conta a qualidade de vida das pessoas e que lhes está a roubar um direito que tinham", lamentou.

Helena Neves criticou o ministro da Saúde, o viseense António Correia de Campos, por tomar decisões "de forma surda, sem ter em conta o sentimento das populações", e lembrou que um abaixo-assinado posto a circular em Janeiro pela comissão contra o encerramento dos SAP "já tem muito acima de cinco mil assinaturas".

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