Loures, 05 Mai (Lusa) - O presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira, anunciou hoje que o cemitério de Camarate vai ter um crematório no âmbito das obras de ampliação, mas não avançou com nenhuma data.
Este projecto irá custar à autarquia de Loures cerca de quatro milhões de euros, e inclui obras de ampliação e construção de um crematório, que além de servir o município de Loures, "poderá ser utilizado por munícipes de concelhos vizinhos", disse Carlos Teixeira.
O autarca não quis, no entanto, adiantar a data para a conclusão da obra.
Actualmente existem em Portugal seis fornos crematórios: dois em Lisboa, Porto, Açores, Ferreira do Alentejo, Elvas e futuramente em Camarate, Loures.
Este anúncio, ocorreu durante a assinatura de um protocolo entre o Município de Loures e a Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL), que se fez representar pelo presidente Nuno Monteiro.
Este protocolo estabelece as condições em que vai ocorrer a Conferência e a Exposição Internacional do Sector Funerário, Ambiente e Cemitérios, uma iniciativa da AMBIFUNER, que irá ocorrer em Loures nos dias 16,17 e 18 de Maio.
"É a primeira vez que organizamos um evento destes à escala mundial, e encontramos aqui uma oportunidade de mudar as mentalidades de quem trabalha neste sector", referiu Nuno Monteiro, presidente da ANEL.
Para Nuno Monteiro, "existem ainda muitos passos a dar no sector cemiterial, como por exemplo na avaliação que se faz dos impactos ambientais, nomeadamente na contaminação dos solos".
"Ainda não existe hoje, por exemplo, uma legislação que se refira aos cemitérios e aos impactos ambientais". Esta exposição, seguida de uma conferência, poderá ser muito útil para ajudar a mudar mentalidades", aponta
Para Carlos Teixeira, presidente da Câmara Municipal de Loures, esta iniciativa mostra que a autarquia está a "fazer a diferença pela positiva, ao proporcionar um espaço de partilha de conhecimentos de uma matéria pouco discutida".
"É preciso estar a par das novas técnicas científicas disponíveis, algo que constitui um desafio permanente à sociedade civil", apontou
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