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Caso gémeas. Comissão volta a chamar Nuno Rebelo de Sousa

por RTP

A comissão parlamentar de inquérito ao caso voltou entretanto a requerer a presença do filho do Presidente da República, alegando que que a sua recusa em comparecer "consubstancia um crime de desobediência".

Antes da audição à mãe das crianças luso-brasileiras, a comissão aprovou por unanimidade, a convocação de Nuno Rebelo de Sousa para ser ouvido nos dias 03 ou 12 de julho, presencialmente ou por videoconferência.

"Ao abrigo do artigo 19 do Regimento Jurídico dos Inquéritos Parlamentares, a recusa em comparecer para depor perante esta comissão de inquérito, fora dos casos previstos no artigo 17, com substância um crime de desobediência qualificada", indicou a comissão na reunião desta sexta-feira.

Em resposta enviada esta sexta-feira à RTP, o advogado de Nuno Rebelo de Sousa, Rui Patrício, referiu que este  "nunca disse que não ia à audição parlamentar" sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria e "está também disponível" para "ser ouvido por outros meios". 

Ainda assim, afiança o representante do filho do presidente da República, será exercido o "básico direito constitucional ao silêncio".

O caso foi revelado em 2023 pela TVI. Marcelo Rebelo de Sousa confirmava, no início de dezembro, que o filho, Nuno Rebelo de Sousa, o tinha contactou por e-mail, em 2019, a propósito das gémeas luso-brasileiras. O presidente da República acrescentaria ter dado ao caso “o despacho mais neutral”, remetendo o dossier para o Governo.

com Lusa
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