O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, revelou esta segunda-feira que a PJ “ainda não foi chamada a intervir” no caso das gémeas luso-brasileiras que receberam tratamento no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Questionado sobre se a PJ estaria disponível para colaborar com essa investigação, Luís Neves salientou que a “PJ está sempre disposta a receber as investigações que são da sua esfera de competência ou quando deferidas pela senhora conselheira procuradora-geral da República”.
A procuradora-geral da República, por sua vez, recusou, esta segunda-feira, confirmar a data da abertura do inquérito sobre as gémeas luso-brasileiras. Lucília Gago confirmou apenas que a investigação está em curso. No domingo, a Procuradoria-Geral da República confirmou à RTP a notícia avançada pela TVI, que refere que o inquérito criminal ao caso das gémeas foi aberto no mesmo dia em que António Costa se demitiu devido à Operação Influencer.
O DIAP está a investigar a alegada influência política para que as gémeas luso-brasileiras recebessem em Portugal um dos mais caros medicamentos do mundo.
O caso envolve duas crianças gémeas residentes no Brasil, que entretanto adquiriram nacionalidade portuguesa, e vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, com um custo total de quatro milhões de euros.
O caso denuncia uma alegada interferência do presidente da República, que nega qualquer envolvimento.
O caso denuncia uma alegada interferência do presidente da República, que nega qualquer envolvimento.