Caso das gémeas. Nuno Rebelo de Sousa ouvido na próxima semana na comissão de inquérito
Nuno Rebelo de Sousa, filho do presidente da República, vai ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, no dia 3 de julho, por videoconferência.
Numa carta a que a RTP teve acesso, os advogados de Nuno Rebelo de Sousa confirmam a disponibilidade do seu Constituinte para ser ouvido no âmbito da comissão parlamentar de inquérito, no próximo dia 3 de julho, às 14h00 ("hora de Portugal"), por videoconferência.
"Se a Comissão, apesar de o mesmo ter já informado que vai usar do seu direito ao silêncio, e que vai fazê-lo na íntegra, considera a audição necessária e útil, e considerando que a Comissão admite, agora, a possibilidade de a audição se realizar por videoconferência, então, naturalmente, confirmamos a disponibilidade do nosso Constituinte para essa videoconferência", lê-se na resposta à convocatória da CPI.
Sabe-se que Nuno Rebelo de Sousa invocará o seu direito ao silêncio porque "é esse o conselho dos seus advogados", pode ler-se na resposta. Nuno Rebelo de Sousa é arguido no processo que investiga o caso na Justiça.
Os advogados esclarecem que Nuno Rebelo de Sousa "prescindia desse debate", mas voltam a reafirmar a sua disponibilidade para ser ouvido quando "fosse possível vir ou estar em Portugal", à semelhança da resposta anterior dada à convocatória da CPI, no passado dia 18 de junho.
De acordo com os seus advogados, o filho de Marcelo Rebelo de Sousa não estaria disponível para viajar até Portugal "nas datas apontadas" anteriormente pela CPI "tendo obrigações profissionais e familiares no Brasil, onde reside e trabalha" e "não previa vir em breve a Portugal".
Mas tendo o Parlamento aprovado por unanimidade, na sexta-feira, uma nova convocação para os dias 3 ou 12 julho, presencialmente ou por videoconferência, alegando que a sua recusa inicial em comparecer "consubstancia um crime de desobediência", Nuno Rebelo de Sousa aceitou ser ouvido no Parlamento.