Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O carjacking registou em 2008 um aumento de 22,59 por cento face a 2007, tendo outra das subidas da criminalidade violenta ocorrido nos roubos a estações de correios, revela o Relatório Anual de Segurança Interna.
O documento, hoje apresentado no Ministério da Administração Interna, indica que a criminalidade violenta e grave registou em 2008 um total de 24.317 ocorrências, representando um aumento de 10,8 por cento relativamente ao ano anterior, correspondente a mais 2.370 casos.
O Relatório Anual de Segurança Interna de 2008 refere que as forças de segurança registaram um total de 421.037 crimes (mais de 1.100 por dia), aumento de 7,5 por cento face ao ano anterior, dos quais 24.313 foram graves e violentos.
A criminalidade violenta, apesar de "preocupante", não representou em 2008 o maior número de casos comparativamente aos últimos anos, tendo atingido valores mais elevados em 2004, com 24.469 casos, e 2006, com 24.534.
Segundo o relatório, o carjacking (roubo de veículos com recurso a violência ou sob ameaça) aumentou cerca de 22,59 por cento em 2008 face aos 487 casos participados em 2007, ano em que se verificou a tendência de aumento.
Lisboa com 231 incidentes, Porto com 151 casos e Setúbal com 131 continuaram, em 2008, a ser os distritos com o maior número de ocorrências.
Entre os crimes violentos, destacam-se os roubos a estações de correios (mais 92 ocorrências), a bombas de gasolina (mais 230) e a bancos (mais 122).
Verificaram-se 230 roubos a bancos, 471 assaltos a postos de abastecimento de combustível e 124 a estações dos CTT.
Quanto aos roubos na via pública, o furto ou roubo por esticão continua a ser o crime mais representativo, tendo no ano passado ocorrido 10.171 casos, mais 511 que em 2007.
Em 2008 subiram também os crimes de homicídio (mais 12 casos), de ofensa à integridade física (mais 98), de rapto (mais 51) e violação (mais 11).
O "pico" da criminalidade violenta registou-se no terceiro trimestre de 2008, tendo atingido a criminalidade violenta uma subida de 16,84 por cento, registando a partir de Outubro uma desaceleração.
No ano passado, foram ainda assaltadas 47 carrinhas de transporte de tabaco, mais sete que em 2007, e 159 farmácias, mas 100.
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