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Câmara de São Pedro do Sul admite "situação mais amena" e "mais fácil" para combater fogo

por Lusa

O presidente da Câmara de São Pedro do Sul admitiu hoje que a situação "está mais amena e é mais fácil combater o incêndio", sendo o caso mais crítico a freguesia de Pinho, mas onde há "muitos meios".

"A situação agora está mais amena e é mais fácil combater o incêndio do que no primeiro dia", afirmou Vítor Figueiredo à agência Lusa pelas 09:15.

Segundo Vítor Figueiredo, a situação mais crítica é nas populações de Mosteirinho e Sobral, na freguesia de Pinho.

"A verdade é que temos lá muitos meios e os meios, estando no terreno, é tudo muito mais fácil e conseguem segurar muito mais facilmente o fogo", declarou.

Este autarca do distrito de Viseu adiantou que existem ainda "outros casos pontuais de bolsas que ficaram para trás" e há a necessidade de fazer o "reconhecimento de uma zona entre as freguesias de Sul e Carvalhais, num fogo que anda a lavrar em zona de mata".

"Queremos ver se, se não houver fumo, se combatemos com meios aéreos ou se teremos de colocar bombeiros no terreno", explicou.

Vítor Figueiredo reconheceu que "a noite já foi fresca, o que foi um alívio" para os bombeiros e "significou que conseguiram combater o incêndio de uma forma mais suave para eles".

"Neste momento, temos a cidade e todo o concelho sob uma nuvem imensa de fumo", esclareceu, referindo que, com o estado do tempo "a ficar mais fresco, poderá ser uma forma também mais fácil de acabar" com o incêndio.

O presidente do município adiantou que há registo, além de floresta e área agrícola, de "algumas casas de segunda habitação ardidas", assim como de um aviário, apontando "estragos muito elevados".

Vítor Figueiredo acrescentou que houve dois focos de incêndio provenientes do fogo de Castro Daire que atingiram o concelho, um que chegou pela zona norte e outro por nordeste, "em pontos extremamente distantes um do outro", pelo que houve necessidade de dividir meios.

À população, o autarca pediu para se manter "serena e calma", porque há "muitos meios no terreno", considerando que "não é por falta de meios que o fogo [se] poderá agravar".

"Conseguimos manter, praticamente, quase todas as casas sem serem queimadas e a verdade é que nós temos meios no terreno para assegurar que isso, efetivamente, venha a ser uma realidade e é por isso que nós estamos a trabalhar, para que as pessoas e as habitações não venham a ter problemas", disse.

De acordo com o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio que deflagrou na segunda-feira, em zona de mato no concelho de Castro Daire e atingiu São Pedro do Sul no dia seguinte, estava, pelas 09:45, a ser combatido por 412 operacionais, apoiados por 124 viaturas e 11 meios aéreos.

Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

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