O presidente da Câmara Municipal de Lisboa tinha anunciado no discurso nas comemorações do 5 de outubro que o município tinha resolvido na sexta-feira o problema dos imigrantes que estavam a viver há vários meses em tendas junto à igreja dos Anjos. Considerou que até agora ninguém tinha resolvido um problema que o preocupava todos os dias e por isso a autarquia decidiu agir. São 56 pessoas. O autarca diz que o processo será agora gerido em conjunto com AIMA e Santa Casa da Misericórdia.
Carlos Moedas considera que foi resolvido “o maior problema da cidade” no que toca à imigração, “com dignidade”, fazendo-o quando ninguém mais tinha resolvido e defendendo que alguém tinha de dar o passo, mesmo que em certos casos assuma que se possa “extravasar competências”.
Defende que a última preocupação são os custos. Será a autarquia a pagar pelo alojamento destas pessoas enquanto tratam das suas situações e não há, portanto, uma data limite para o alojamento. “Quando estamos a falar de dignidade humana, a última preocupação deve ser custos”, defendeu.
Acrescenta que os partidos deviam agradecer ou, pelo menos, reconhecer que este problema dos sem abrigo na igreja dos Anjos foi resolvido.
Lembra que já foi emigrante e a mulher é imigrante e que por isso não aceita lições de ninguém sobre este tema.
Garante que nenhum dos sem-abrigo foi retirado dos Anjos à força, dizendo que muitos imigrantes lhe tinham ficado agradecidos.