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Câmara de Lisboa retira 56 sem abrigo dos Anjos e coloca-os em alojamentos

por RTP

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa tinha anunciado no discurso nas comemorações do 5 de outubro que o município tinha resolvido na sexta-feira o problema dos imigrantes que estavam a viver há vários meses em tendas junto à igreja dos Anjos. Considerou que até agora ninguém tinha resolvido um problema que o preocupava todos os dias e por isso a autarquia decidiu agir. São 56 pessoas. O autarca diz que o processo será agora gerido em conjunto com AIMA e Santa Casa da Misericórdia.

A autarquia já tinha antes ajudado 30 pessoas que tinham documentos. Agora foi a altura de alojar pessoas que não têm documentos em Portugal, 56 pessoas. 

Carlos Moedas considera que foi resolvido “o maior problema da cidade” no que toca à imigração, “com dignidade”,
fazendo-o quando ninguém mais tinha resolvido e defendendo que alguém tinha de dar o passo, mesmo que em certos casos assuma que se possa “extravasar competências”.

Defende que a última preocupação são os custos. Será a autarquia a pagar pelo alojamento destas pessoas enquanto tratam das suas situações e não há, portanto, uma data limite para o alojamento. “Quando estamos a falar de dignidade humana, a última preocupação deve ser custos”, defendeu.

Confrontado com as críticas do Bloco de Esquerda e IL ao discurso no 5 de Outubro, Moedas considera que se trata de algo “inadmissível” porque diz que os partidos, como não conseguem atacar os atos, atacam o carácter.

Acrescenta que os partidos deviam agradecer ou, pelo menos, reconhecer que este problema dos sem abrigo na igreja dos Anjos foi resolvido.

Lembra que já foi emigrante e a mulher é imigrante e que por isso não aceita lições de ninguém sobre este tema.

Garante que nenhum dos sem-abrigo foi retirado dos Anjos à força
, dizendo que muitos imigrantes lhe tinham ficado agradecidos.
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