Em causa, suspeitas de fraude qualificada, fraude contra a Segurança Social. O comunicado do Instituto de Segurança Social dá conta que o Estado terá sido lesado em mais de 28 milhões de euros, em sede de IVA. No entanto, ainda não está apurado o "montante correspondente às contribuições para a segurança social".
A Autoridade Tributária, o Ministério Público e a Segurança Social estão no edifício-sede da Uber, em Lisboa, desde a manhã desta terça-feira. Estes elementos estão a ser auxiliados por uma equipa da Unidade de Ação Fiscal da GNR.
No âmbito desta operação estão a ser cumpridos 65 mandados de busca, sendo 31 de busca domiciliária, 14 não domiciliárias, e 20 a veículos. Ao todo, estão na sede da Uber, em Lisboa, 39 inspetores do Instituto da Segurança Social, cerca de 80 Inspetores Tributários e Aduaneiros e 55 militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR.
O Instituto de Segurançla Social adianta, em comunicado, que "estão a ser investigadas várias empresas relacionadas com a prestação de serviços, através de uma plataforma digital de entrega de refeições ao domicílio". Ações que envolvem gabinetes de contabilidade e que, alegadamente, ocorreram entre 2020 a 2024.
As autoridades suspeitam que foi criado um esquema fraudulento, suportado num circuito de faturação falsa, "que visa a apropriação indevida de elevados montantes de IVA". Para além, de não serem pagas as devidas contribuições "por via da ocultação, perante a Segurança Social, dos trabalhadores que realizam os serviços de entrega".
Antes deste comunicado da Segurança Social, a Uber garantia que as buscas não estavam diretamente relacionadas com a empresa que "está a disponibilizar toda a informação solicitada” pelas autoridades.