Reportagem

Centenas de bombeiros combateram incêndio em Alcabideche

por Rachel Mestre Mesquita, Carlos Santos Neves - RTP

Um incêndio que deflagrou este domingo em Alcabideche, no concelho de Cascais, chegou a acercar-se de algumas habitações. O combate às chamas mobilizou mais de três centenas de bombeiros e dezenas de meios aéreos e terrestres. Foram afetadas 14 pessoas, entre as quais três civis por inalação de fumo. Acompanhámos aqui, ao minuto, a evolução das operações.

Emissão da RTP3


António Pedro Santos - Lusa

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Incêndio em Alcabideche afetou 14 pessoas

Foto: António Pedro Santos - Lusa

O incêndio deste domingo em Alcabideche, no concelho de Cascais, afetou 14 pessoas, entre elas três civis por inalação de fumo. O alerta foi dado cerca das 12h30 para zona de mato.

O vento forte foi o maior obstáculo, levando chamas e fumo também para Murches e outras aldeias.

A Proteção Civil chegou a acionar uma zona de concentração e apoio à população.
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Incêndio de Alcabideche "em grande parte dominado"

Ao início da noite deste domingo, o vento continuava a ser o principal inimigo dos bombeiros, já empenhados em trabalhos de rescaldo.

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Especialistas colocam a tónica na sensibilização contra incêndios

Foto: Sérgio Ramos - RTP

Do estatuto dos bombeiros ao planeamento florestal, passando pela limpeza dos terrenos. À RTP, vários especialistas em incêndios afirmam que está por fazer um longo trabalho de sensibilização para evitar os grandes sinistros.

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Bombeiros têm "capacidade de resposta muito elevada"

Entrevistado na RTP3, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, abordou a evolução do combate ao incêndio que deflagrou ao início da tarde deste domingo em Alcabideche. O responsável salientou o papel das corporações.

"Não era possível, se não houvesse este conjunto de mulheres e homens dedicados à causa pública, que ao final de duas horas e meia tivessem cerca de 300 bombeiros no teatro de operações. Isto é um motivo de orgulho também para nós, portugueses", vincou António Nunes.

"Este é um incêndio que os bombeiros conhecem muito bem. Não é a primeira vez que isto acontece e eles conhecem o percurso que este incêndio percorre", observou ainda o presidente da Liga dos Bombeiros.
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Ponto de situação às 18h00
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Seis bombeiros feridos sem gravidade. Uma viatura consumida pelas chamas

Seis bombeiros ficaram feridos sem gravidade no combate ao incêndio que deflagrou na tarde deste domingo em Alcabideche, no concelho de Cascais. Uma das viaturas envolvidas nas operações ficou parcialmente destruída pelas chamas.

Quatro dos bombeiros feridos foram foram levados para o hospital - dois por queimaduras ligeiras e outros dois por inalação de fumo. Outros dois operacionais tiveram de receber assistência médica no teatro de operações.
O incêndio permanecia ativo pelas 18h00. No flanco esquerdo, o combate estava praticamente em fase de resolução. Os meios concentravam-se, a essa hora, no flanco direito, onde o vento continuava a impulsionar as chamas.

O dispositivo de combate ao incêndio somava mais de 370 operacionais apoiados por 110 viaturas e 123 meios aéreos.
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Dispositivo reforçado
por RTP

São 14 os meios aéreos envolvidos no combate às chamas

O dispositivo mobilizado para travar o incêndio de Alcabideche integra agora mais de 300 operacionais apoiados por 106 viaturas e 14 meios aéreos.
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Fumo sobre Murches
por RTP

Equipa de reportagem da RTP mostra efeito do incêndio em Alcabideche

A população de Murches tem estado atenta ao evoluir das chamas. A PSP adiantou à RTP que a estrada que liga Cascais à Malveira da Serra foi entretanto cortada.
O número de meios aéreos envolvidos no combate a este incêndio aumentou para 11.
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"Ausência de desflorestação" potencia incêndios em Alcabideche

Foto: facebook.com/CMCascais

A propósito do incêndio deste domingo em Alcabideche, o investigador na área da Proteção Civil Duarte Caldeira explicou numa entrevista à RTP 3 que continua a haver um conjunto de riscos potenciais para a deflagração de incêndios nesta zona com um histórico de incêndios, "apesar do grande esforço que tem sido desenvolvido pelo Município de Cascais no trabalho preventivo". "Há ainda zonas que potenciam a deflagração de incêndios por ausência de desflorestação", disse.

"Existe um trabalho muito grande de sensibilização a fazer junto dos detentores da propriedade privada", observou o especialista. O especialista defendeu que "é necessário fazer um muito intensificado de sensibilização para a necessidade" dos proprietários de terrenos "tratarem no devido tempo as áreas circundantes do edificado, mas não só", de modo a reduzir "de forma significativa o potencial de risco da mesma".

Ouvido este domingo na RTP, o antigo diretor nacional da Escola de Bombeiros, salientou ainda a "evolução extraordinária" no combate aos incêndios devido à incorporação de conhecimentos, formação contínua e pesquisa permanente. "É indiscutível que se compararmos a evolução nos últimos dez anos há uma evolução extraordinário neste domínio que tem resultados quer ao nível da decisão estratégica e operacional quer também na qualidade nas forças de combate".

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"Tem havido uma evolução muito grande na preparação dos bombeiros"

Foto: Ana Serapicos - RTP (arquivo)

Ouvido este domingo na RTP3 sobre o incêndio em Alcabideche, Domingos Xavier Viegas, investigador de incêndios da Universidade de Coimbra, sublinhou que a preparação dos bombeiros em Portugal evoluiu de forma significativa, desde logo em matéria de segurança.

"Não se pode esperar que os bombeiros se coloquem numa frente de chamas que se propaga com muita velocidade", fez notar o especialista.

Xavier Viegas referiu-se também às condições no terreno em Alcabideche: "Sei que tem uma orografia complicada e, ao estar exposta ao vento, o vento pode ser decisivo e pode surpreender os bombeiros. A orografia cria o seu próprio comportamento para o fogo".

O professor colocou ainda a tónica na necessidade de "evitar que os incêndios ocorram por meio da educação e do comportamento das pessoas".
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Fogo ainda lavra
por RTP

O testemunho de um morador na zona do incêndio em Alcabideche

Filipe Oliveira relatou à equipa de reportagem da RTP o que pôde ver no início do combate às chamas.
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Temperaturas vão subir em todo o país

Foto: António Antunes - RTP

Em algumas regiões os termómetros vão ultrapassar os 40 graus. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu avisos que vão pintar o país de amarelo e laranja até quarta-feira.

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Chamas ameaçaram depósito de bilhas de gás
por RTP

Vento forte é o principal adversário dos bombeiros envolvidos no combate às chamas em Alcabideche

O fogo aproximou-se de um depósito de bilhas de gás, mas a situação acabou por ser controlada pelo dispositivo de combate.

Recorde-se que há notícia de seis bombeiros feridos, mas sem gravidade. Quatro elementos foram transportados para uma unidade hospitalar. Uma das viaturas de combate a incêndios foi consumida pelas chamas.


As operações de combate mobilizam agora mais de 300 bombeiros, apoiados por 92 viaturas e oito meios aéreos.
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Proteção Civil faz ponto de situação
por RTP

Seis bombeiros feridos sem gravidade no combate às chamas em Alcabideche

O segundo comandante distrital da Proteção Civil, Joaquim Santos, adiantou aos jornalistas que há seis bombeiros feridos sem gravidade: "Nenhum deles inspira cuidados".

O responsável disse ainda contar resolver o incêndio "o mais rapidamente possível". Pelas 15h24, o fogo parecia estar a ceder aos meios destacados para o teatro de operações e não havia habitações em risco.

"O vento tem sido o maior constrangimento no combate a este incêndio", sublinhou ainda o segundo comandante.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, presente no local, afirmou que "o que tinha de ser feito está feito", depois de sustentar que não é possível reduzir o risco de incêndio "a zero".
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Bombeiros feridos
por RTP

A RTP apurou que há três operacionais feridos no combate ao incêndio em Alcabideche

O vento continua a dificultar as movimentações do dispositivo mobilizado para o combate às chamas em Alcabideche, no concelho de Cascais, como constatou a equipa de reportagem da RTP no local.
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"Não há habitações em risco"
por RTP

Equipa de reportagem da RTP no local do incêndio

No início do incêndio em Alcabideche, houve cinco habitações em risco, segundo apurou a equipa de reportagem da RTP no local. Pelas 14h40, com a mudança de direção do vento, as chamas deixaram de ameaçar casas, consumindo zona de mato.
O vento é mesmo o fator que mais está a dificultar o trabalho dos operacionais.
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Ponto de situação
por RTP

Fogo ronda habitações. Autarca de Cascais apela à calma

O incêndio deflagrou cerca das 12h30 em zona de mato. Pelas 14h00, estava a ser combatido por 220 bombeiros, apoiados por 58 viaturas e sete meios aéreos.

Ouvido na edição das 14h00 da RTP3, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, deixou uma nota de preocupação, mas apelou também à calma: "Neste momento termos todas as razões para acreditar que não haverá preocupação de maior, embora, enquanto estiver a decorrer o incêndio, devemos estar preocupados e agir em conformidade".

"Está próximo de algumas casas, mas não de grandes aglomerados urbanos. Estão a ser protegidas, naturalmente, essas casas. A situação que se colocava de maior preocupação era se ele evoluía para um equipamento de residência para idosos, mas neste momento está tudo preparado para qualquer eventualidade que possa surgir, nomeadamente a evacuação", prosseguiu.
"Até agora, não houve nenhuma evacuação, mas se vier a ocorrer não hesitaremos em realizá-la", afirmou ainda o autarca, que deixou um apelo às populações para que facilitem o trabalho dos bombeiros.
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