BE critica falta de transparência e de oposição na Câmara de Portalegre
A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Portalegre, Cecília Costa, considerou hoje "urgente" a sua candidatura por "falta de transparência nos actos da autarquia" e de oposição no executivo municipal.
"O Bloco apresenta-se nesta eleições como uma candidatura urgente, face à falta de transparência nos actos da autarquia e à ausência de democracia nas decisões que a todos afectam, mas que só a alguns favorecem, bem como à inexistência de oposição que obrigue o poder autárquico a tomar opções visando o interesse público", sublinhou.
"Não tem havido oposição em Portalegre e a oposição nem sempre é um ponto negativo, logo, queremos ter uma palavra a dizer", afirmou a candidata do BE, partido que concorre pela primeira vez à Câmara de Portalegre nas eleições autárquicas de domingo.
Cecília Costa, que desempenha funções de formadora no Centro de Formação Profissional de Portalegre, considera que "a Câmara Municipal de Portalegre tem sido governada nos últimos quatro anos por uma coligação PSD-CDU".
"O vereador da CDU Luís Pargana, que desempenha o cargo em regime de permanência, nunca votou contra uma única proposta apresentada pelo PSD", sustentou.
A candidata bloquista exigiu ainda explicações ao executivo municipal de Portalegre sobre a situação actual da fábrica e da fundação Robinson e os critérios de alteração do Plano Director Municipal (PDM).
Perguntou ainda "porque é que foram gastos mais de 500 mil euros com um novo projecto de arquitectura da Escola de Hotelaria e Turismo, quando havia um projecto já pago e em início de realização há quatro anos atrás".
Cecília Costa elegeu como prioridade no seu programa eleitoral a criação de condições para atracção e fixação de pessoas.
"Só assim é que poderemos gerar riqueza e promover o desenvolvimento", disse.
"Com a candidatura do Bloco de Esquerda apresentamos aos munícipes uma alternativa viável de desenvolvimento que é o conceito de Portalegre Cidade Ecológica", concluiu.