Bastonário desmente atrasos de consultas e cirurgias devido à greve

por RTP

Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, a greve de dois dias justifica-se por razões que não são de agora, que se arrastam e que têm vindo a ter um impacto negativo na vida e nas carreiras dos profissionais.

A greve surge só agora, acrescenta, por decisão dos sindicatos, já que o longo período de negociações com o ministro da Saúde não resultou em acordo em "matérias essenciais".

O bastonário dos Médicos desvaloriza ainda dos alertas sobre os adiamentos de consultas e de cirurgias.

Lembra que nem todos os médicos irão aderir à paralisação e os que o fizerem deverão, na maioria, dar "soluções" aos seus doentes, até porque a maioria está já a ser seguida nos hospitais e não são doentes de primeira consulta.

Os doentes estão a ser prejudicados mas vão ter uma resposta rápida, garante o bastonário, mesmo quanto ao adiamento de cirurgias.

Estas não vão ser adiadas por meses, afirma. "Não temos meses de cirurgias já programadas, temos duas semanas, no máximo."

"Quem gere a marcação das cirurgias irá remarcar as que não forem realizadas hoje e amanhã, para daqui a duas ou três semanas", refere Miguel Guimarães.
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