O avião que vai transportar os militares da GNR para Timor-Leste vai aterrar em Baucau e o aparelho que levará a carga e viaturas não tem data de partida nem local de chegada, disse o porta-voz da GNR.
Em declarações à agência Lusa o Tenente-Coronel Costa Cabral disse que a hora de partida ainda não está definida, admitiu que pode ser adiada para a tarde e explicou que o avião que transportará os militares vai aterrar no aeroporto de Baucau.
As características do avião que leva os militares, um Lockeed Tristar 500, não permitem a aterragem em Díli.
Fontes contactadas pela Lusa em Baucau disseram que a administração distrital iniciou quinta-feira trabalhos de limpeza da pista.
De acordo com o chefe de escala da EuroAtlantic, empresa responsável pelo avião que vai transportar os militares, Xavier Martins, foi detectada quinta-feira à noite uma avaria no aparelho, o que levou à sua substituição por um aparelho idêntico.
O ministro da Administração Interna, António Costa, disse hoje no Luxemburgo que a partida dos 120 militares da GNR irá realizar-se ainda hoje de manhã, e que o atraso na partida se deveu à substituição do avião.
"Neste momento o avião está no aeroporto [de Figo Maduro, Lisboa] a ser carregado, houve necessidade, por razões técnicas, de substituir o avião", disse António Costa, à margem de uma reunião da União Europeia.
Confrontado com esta questão, o porta-voz da GNR afirmou à Lusa que o principal motivo do atraso na partida está relacionado com a falta de autorização de sobrevoo por parte de alguns países.
Quanto ao segundo avião, um aparelho de carga Antonov, o responsável pela logística da operação da GNR, major Carvalho, e o porta-voz da GNR disseram que ainda não tem uma data definida de partida, podendo deixar Portugal só domingo ou segunda-feira, desconhecendo-se também o local de aterragem.
A hora da partida do avião que transportará os militares é ainda desconhecida e os familiares que aguardavam a partida em Figo Maduro, para a despedida, foram ao meio da manhã de hoje transportados para o Regimento de Infantaria da GNR em Lisboa, onde os militares espera ordem de partida.
O chefe de escala da Euroatlantic disse ainda que o avião que vai levar os militares "já está praticamente carregado" e que quando houver todas as autorizações de sobrevoo serão necessárias apenas duas ou três horas para levantar voo.
O subagrupamento bravo da GNR vai acompanhado por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) composta por um médico, um enfermeiro e um técnico de emergência.
Em declarações hoje à Rádio Renascença, o presidente do INEM, Luís Manuel Cunha Ribeiro, adiantou que a equipa do Instituto vai "dar apoio médico em todas as situações que possam acontecer e que envolvam as forças portuguesas".