As buscas da Polícia Judiciária e da GNR desencadeadas terça-feira, na barragem do Arade, em Silves, devem prolongar-se por mais dois dias. As diligências, levadas a cabo no âmbito do caso do desaparecimento de Madeleine McCann, ainda não permitiram encontrar quaisquer vestígios significativos. A RTP apurou que, por agora, foi apenas recolhida terra para análise.
A equipa de reportagem da RTP no local captou, ao início da manhã desta quarta-feira, a chegada dos investigadores para o segundo dia de buscas.
Mark Cranwell , inspetor-chefe britânico, adiantou estar no terreno para poder informar a família MacCann de “quaisquer desenvolvimentos”. O responsável acrescentou que a polícia britânica “continua a trabalhar e a apoiar os seus colegas em Portugal e na Alemanha, nas suas investigações sobre o desaparecimento de Madeleine McCann”.
Para a bacia do Arade foram destacados vários inspetores e peritos. As buscas contam ainda com cães pisteiros, sensores, drones e uma lancha.Madeleine MacCann desapareceu na Praia da Luz, em Lagos, há 16 anos. Tinha então três anos de idade.
A polícia alemã anunciou em 2020 a abertura de uma investigação e a existência de um suspeito de envolvimento no desaparecimento da criança britânica, identificado como Christian Bruckner.
O suspeito chegou a ser acusado pelas autoridades alemãs de vários crimes sexuais alegadamente perpetrados em Portugal. Negou, todavia, qualquer envolvimento no caso de Maddie.Na terça-feira, as buscas tiveram início cerca das 8h00 e foram interrompidas já depois das 18h00, debaixo de chuva e trovoada.
A barragem do Arade seria um local frequentado por Brueckner, atualmente com 45 anos e a cumprir pena em Kiel, na Alemanha, por outro crime.
Em declarações à emissora pública alemã NDR, o procurador público Hans Christian Wolters afirmou que as autoridades “têm motivos para acreditar que será possível encontrar provas” na barragem.
Já ao canal alemão RTL Wolters sublinhou não poder dar “nenhuma informação concreta” sobre as pistas na base das buscas: “Não são pistas que vêm do arguido. Temos uma, mas peço a vossa compreensão de que não posso divulgá-la aqui de momento, por razões táticas”.
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