São dez as mortes associadas aos atrasos na resposta do 112. O caso mais recente é de um idoso que estava em morte cerebral em Bragança.
Em cinco anos o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) perdeu quase 70 técnicos de emergência pré-hospitalar.
Estes operacionais representam 68 por cento do total de efetivos e também são eles os responsáveis pelo atendimento de pedidos de ajuda e são eles que acionam os meios.
Os tempos médios de espera têm vindo a baixar desde os últimos problemas. Sexta-feira, a média era de 17 segundos a espera.
O Portal da Queixa recebeu mais de 300 denúncias sobre falhas nos serviços do INEM desde janeiro.
Mau atendimento telefónico, recusa de socorro e demora na chegada da ajuda são as principais críticas sobre o INEM.
Na sexta-feira, a secretária de Estado da Gestão da Saúde que substituiu a ministra da Saúde numa visita ao Hospital Distrital do Pombal e revelou que o Ministério sabia do pré-aviso de greve dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar.
Partidos querem ouvir a ministra Pedro Nuno Santos responsabiliza o primeiro-ministro pelas falhas no INEM e acusa Montenegro de desvalorizar as mortes dos últimos dias. O líder do PS acusa o Governo de negligência, irresponsabilidade e incompetência. Já André Ventura pede a demissão da ministra da Saúde.
No entanto, Luís Montenegro recusa demitir Ana Paula Martins e diz e preciso resolver os problemas do INEM.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência pré-hospitalar garante que avisou a ministra 20 dias antes do início da greve, mas não teve resposta. Uma versão que contraria Ana Paula Martins que afirmou que tinha sido surpreendida pela paralisação.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, insiste que o importante é que os problemas no Instituto Nacional de Emergência Médica sejam resolvidos o mais rapidamente possível.
Para o Chefe de Estado, “temos de pensar do ponto de vista das pessoas. E, portanto, que seja rápida a resolução deste problema”.